Grécia X Alemanha: reparação pela perseguição nazista

A comunidade judia grega relembrou no domingo o aniversário da primeira deportação para os campos de concentração nazistas durante a 2ª Guerra Mundial.

No meio das difíceis negociações entre Atenas e Berlim a respeito da dívida pública grega com a zona euro – e sobretudo com os credores alemães -, o governo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, reabriu a questão das reparações de guerra por parte da Alemanha.

Martirizada pela ocupação nazista durante a Segunda Guerra, a Grécia agora dá o troco. A demanda grega tem três partes: a indenização pelos estragos da ocupação nazista, o reembolso de empréstimo “concedido” pela Grécia ao governo de Hitler e a reparação às famílias de 218 civis, homens, mulheres e crianças, massacrados com grande selvageria numa aldeia grega pelos soldados alemães.

O governo e os juristas alemães alegam que o problema já foi resolvido nos acordos de Londres, de 1953, e de Moscou, 1990, que quitaram as dívidas alemãs oriundas da Segunda Guerra. Outros especialistas, gregos e europeus, pensam que as duas últimas reivindicações gregas ainda podem ser cobradas dos alemães.

A construção da União Europeia apaziguou muitos dramas históricos que sacudiram e ensanguentaram o Velho Mundo nos dois últimos séculos. Porém, vira e mexe o passado das guerras europeias volta aos debates da atualidade.

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Homem passa por grafite dedicado ao Holocausto na cidade grega de Salônica.

 

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