Iom Hashoá é o Dia da Recordação do Holocausto. No calendário judaico, ele cai em 27 de Nissan que, neste ano gregoriano de 2024, será nesta segunda-feira, 6 de maio. A data relembra os mártires do Holocausto, os heróis que tombaram lutando bravamente contra a barbárie, a intolerância, a loucura, a maldade, a bestialidade humana.
A data foi escolhida pelo então primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion, em 1959, em homenagem ao Levante do Gueto de Varsóvia, esmagado após uma heroica resistência. Resistência de jovens decididos a mostrar ao mundo que devemos sempre resistir.
O Yom Hashoá nos leva, novamente, à profunda reflexão, principalmente hoje em dia em que o mundo parece estar em forte agitação, propagação de ódio, ignorância, valores invertidos e dá a impressão que não aprendeu as lições do passado.
O mundo estaria doente?
É o que nos parece. Assim, cabe às pessoas e às instituições trabalharem arduamente para curá-lo. Como podemos, apenas 79 anos após o término da Segunda Guerra, com sobreviventes remanescentes – provas vivas – farto material fotográfico, documentos, vídeos e áudios, ainda termos pessoas que negam e desejam espalhar a inverdade de que não existiu esse que foi um dos períodos mais tristes e revoltantes da história da humanidade? Como pode?
Por isso devemos, sempre, nos manter informados, atualizados, alertas e passar às novas gerações, incansavelmente, o que foi o HOLOCAUSTO, evitando que se repita com mais ninguem.
Nós, da B´nai B´rith, sempre trabalhamos neste sentindo, aproximando sobreviventes dos alunos e professores de escolas para que saibam, conheçam e sintam o que foi esse momento. Entendendo os riscos e as formas de disseminação do ódio no meio social, a discriminação humana, o NÓS e ELES, educando-se para evitar e parar a corrente da mentira, da desesperança e do mal.
Cabe a nós, portanto, promovermos a história demonstrada, os fatos sustentáveis, para que possamos, todos juntos, construir um mundo mais justo, fraterno, mais harmonioso, de entendimentos, onde direitos e deveres humanos possam prevalecer.
Temos todos a responsabilidade de entender o que o HOLOCAUSTO significou, além de analisar e agir sobre o panorama atual. Por um futuro sem ódio, com respeito, compreensão e paz, praticando a Tzedaká – Justiça Social e incorporando o conceito de Tikun Olam, nosso guia de ação social para a reparação de todos deste nosso planeta TERRA.
Amén e Shalom,
Abraham Goldstein
Presidente da B´nai B´rith do Brasil
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