O rei Abdullah diz que está trabalhando com os países europeus para reiniciar as negociações entre Israel e os palestinos. A Jordânia está consolidando uma coalizão internacional para alavancar o processo de paz que se encontra num impasse disse ao jornal Nouvel Observateur.
“Estamos trabalhando com vários países da Europa, incluindo a França, para colocar idéias eficazes e viáveis sobre a mesa que permitiriam aos EUA se engajar e desempenhar um papel de liderança no processo de paz, logo após o início do segundo mandato do presidente Obama”, disse Abdullah em sua entrevista traduzida para o The Jordan Times. Abdullah expressou a esperança de que a Alemanha, o Reino Unido, a Arábia Saudita, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos iriam participar nos esforços de paz.
O rei explicou que agia de forma a tirar partido de uma “oportunidade que está se encerrando muito rapidamente para a solução de dois Estados.” O jordaniano citou uma confluência de fatores que acredita aumentam a probabilidade de um acordo de paz, dentre elas a comunidade internacional cada vez mais entusiasmada em resolver o conflito, o recente sucesso na criação do Estado palestino nas Nações Unidas, e as pressões que emanam da Primavera Árabe. “Não temos mais quatro anos de espera para o próximo presidente dos EUA para trabalhar pela paz no Oriente Médio, os colonos israelenses estão comendo todas as terras palestinas”, disse Abdullah.
Netanyahu defende que os planos de construção para a área E1 não impedem a criação de um Estado palestino, e que seu governo pediu repetidamente o reinicio das negociações diretas com os palestinos sem condições prévias.
Funcionários diplomáticos em Jerusalém, entretanto, disseram desconhecer quaisquer planos concretos em andamento para trazer Israel e a Autoridade Palestina à mesa de negociações imediatamente após as eleições em Israel.
Netanyahu afirmou em reuniões internas nos últimos dias ter esperança que depois das eleições seria possível voltar a negociar com Abbas, sem quaisquer pré-condições. Mas, disse também que permanece cético porque Abbas parecia mais preocupado neste momento em abraçar o Hamas, ao invés de um envolvimento com Israel.