10 de dezembro – Dia Internacional da Declaração dos Direitos Humanos

Desde a sua promulgação, em 10 de dezembro de 1948, ainda no calor das milhões de mortes causadas pela Segunda Grande Guerra, a Organização das Nações Unidas – ONU, após juntar especialistas em várias culturas e bases jurídicas, elabora e submete aos membros da sua Assembleia Geral “A Declaração Universal dos Direitos Humanos”, aprovada por 48 membros, nenhum voto contra e 10 abstenções. Um marco de enormes consequências na forma de atuação de todos os poderes públicos, de todos os tipos de governos que se preocupam, de forma honesta e humana, com os seus cidadãos.

Mas ainda temos muito a nos educar, posicionar e avançar. E este é um dever de cada um dos cidadãos, de cada uma das famílias, de cada instituição de ensino, de cada entidade representativa, incluindo todas as instâncias que compõem um governo.

A atuação em Direitos Humanos pela B´nai B´rith, entidade com 180 anos de existência atuante em mais de 50 países, presente na ONU desde o seu estabelecimento, e que tem como pilares a Justiça Social – TSEDAKÁ – e a atuação fraternal para um mundo melhor para todos – TIKUN OLAM, é voltada na ação contra o antissemitismo, o neonazismo, a discriminação, o racismo e o cerceamento de direitos humanos de modo geral, tendo por base ações educacionais, de comunicação e participação junto a organismos e instituições que estabelecem e promovem políticas públicas de combate à discriminação, de apoio ao diálogo inter-religioso e cultura de paz para a construção da cidadania e pelo respeito à democracia, à liberdade e à diversidade entre os seres humanos. E sem nunca desconsiderar que os direitos são devidos se os deveres são cumpridos.

Infelizmente, ainda ocorrem genocídios, privação de liberdade e de vida digna para muita gente ao redor do mundo. Não podemos arrefecer, por um minuto, enquanto houver uma pessoa nesta condição, seja onde for. E agora, também, em ambientes de guerra como, infelizmente, presenciamos, entre Rússia e Ucrânia, e Hamas e Israel, onde o terror do Hamas, além de praticar as mais perversas atrocidades contra judeus e todo o mundo Ocidental, ainda priva o seu próprio povo do mais básico direito humano.

Temos de entender a objetividade desta declaração, evitando que seja utilizada de forma distorcida, que pode levar ao descrédito e abandono.

Devemos nos esforçar para construir pontes em vez de muros, onde todos, com voz e vez, possam expressar seus pensamentos e sentimentos, com respeito, empatia e que os direitos humanos possam efetivamente ser exercidos não sendo apenas uma expressão utilizada sem sua efetiva prática e lembrada apenas um dia do ano.

Autoridades públicas, eleitas ou indicadas, devem dar o exemplo à sociedade que servem. Devem propor o diálogo, o conhecimento e o respeito entre e para todos. Atitudes do NÓS e ELES não devem ser utilizadas. Divisões devem ser condenadas ao passo que união tem de ser incentivada. Devemos nos sentir todos responsáveis pelo sucesso dos cidadãos, da sociedade, do país, do continente e do nosso tão explorado planeta Terra.

A todos, um Feliz Chanuká, um Feliz Natal e um próspero e alegre Ano de 2024, em PAZ e com SAÚDE, RESPEITO, PAZ e ENTENDIMENTO.

Abraham Goldstein

Presidente Nacional da B’nai B’rith do Brasil

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