Israel – Antissionismo e Antissemitismo

Cada vez mais percebemos no ar o renascimento de um velado racismo que pouco a pouco torna-se visível.

No entanto  podemos respirar mais aliviados pois Israel está lá, firme e pronta a nos defender.

Estamos vivendo momentos conturbados. Quase todo o mundo ocidental tem se deixado levar pela onda avassaladora de organizações e pessoas que, erroneamente, acreditam que os palestinos são os pobres oprimidos do mundo. Os movimentos esquerdistas mundiais, sem qualquer embasamento sobre a história ou peculiaridades da região, incutem em seus partidários uma postura antissionista que aliena seus membros e induz a ter uma percepção de Israel como país opressor.

Como consequência desta visão, foi criado o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) que incita o mundo ocidental a não consumir produtos israelenses, a impedir o intercâmbio de conhecimento ao recusar acadêmicos e artistas israelenses nas faculdades, congressos e todo tipo de instituição cultural onde possam ser convidados.

O que todos parecem não saber é que este movimento BDS tem como uma de suas premissas primordiais a aniquilação do próprio país, Israel. Um movimento que prega a destruição de um país não pode jamais ter o apoio de uma sociedade democrata e das pessoas de boa vontade.

De repente, Israel é o bicho papão que engole e destitui os palestinos de qualquer direito humano.

Passeatas e discursos são organizados para impregnar o mundo do sentimento antissionista. Até mesmo os países mais civilizados são manipulados e se distanciam de Israel, sem oferecer uma alternativa de caminho para a paz.

Políticos mundo afora têm a desfaçatez de sugerir que Israel é o único responsável pelo rompimento de vários processos de paz, desconsiderando os obstáculos que a Autoridade Palestina e seus dirigentes sempre impuseram para a construção de uma paz exequível.

Hoje, Israel goza de um isolamento importante, advindo de uma visão global deturpada, porém crescente.

Eu poderia discorrer sobre este tema, que é extremamente perigoso e cria um sentimento de antagonismo predador para com Israel, e leva a um isolamento injustificável.

Entretanto, esta percepção de Israel faz aflorar na sociedade um sentimento mais antigo, pernicioso, que surge no íntimo das pessoas que veem Israel como a pátria judaica e opressora. O vetor do antissionismo remete ao renascimento do antissemitismo.

Atualmente as pessoas dizem que são só antissionistas como fator de rejeição ao sentimento racista, mas seus atos refletem um antissemitismo latente que, de pouco em pouco mostra sua cara.

Cada vez mais testemunhamos atitudes contra o judeu que vive particularmente na Europa, mas tantos outros países também compartilham este sentimento.

Hoje, vivemos o absurdo de ver um judeu sendo agredido na França pelo simples motivo de usar uma kipá. Assistimos a manifestações na Alemanha onde gritam Jüde, lembrando as passeatas logo anteriores à Segunda Guerra Mundial. Outros países também têm suas passeatas com teor claramente antissemita.

Hoje, o judeu comum já percebe no ar o renascimento de um velado racismo que, cada vez mais, torna-se visível.

Sentimo-nos desconfortáveis frente a este panorama.

Entretanto, hoje, podemos respirar mais aliviados, pois Israel está lá firme e pronta a defender o judeu de qualquer lugar do mundo vítima de alguma situação mais agressiva.

Hoje, já não somos mais um povo sem nação.

Somos todos Israel.

Floriano Pesaro
Secretário do Estado de Desenvolvimento Social
Deputado Federal
Artigo publicado na Tribuna Judaica

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