O crescimento do Estado Islâmico (EI) está obrigando países a repensarem suas alianças e inimizades no Oriente Médio. O avanço territorial do grupo já impulsionou a cooperação militar entre os governos central do Iraque e regional curdo, até agora antagônicos. Também os Estados Unidos e seus aliados encontram-se ao lado de velhos inimigos, como as milícias xiitas, o regime de Bashar Assad ou o Irã dos aiatolás. Em alguns casos, as consequências podem ser contraproducentes. Se a coincidência de interesses dos EUA e do Irã na região pode remontar à derrubada de Saddam Hussein em 2003 – e à expulsão dos talibãs de Cabul, dois anos antes –, a possibilidade de beneficiar indiretamente Al Assad fez o presidente Barack Obama pensar duas vezes antes de estender os ataques à Síria. O governo desse país, que há três anos justifica a sua repressão brutal aos protestos populares como combate ao terrorismo, sente-se vingado com a reação internacional ao desafio jihadista. (Ángeles Espinosa, El País)
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