Adolescentes são suspeitos de vandalismo em 250 lápides em um cemitério numa área rural do leste da França, perto da fronteira alemã, onde no passado viviam muitos judeus.
A profanação foi realizada quinta-feira, e descoberta só no domingo pela comunidade judaica da França. Nesta segunda, o promotor local, Philippe Vannier anunciou que a polícia tinha detido cinco jovens, idades entre 15 e 17 anos, após um deles ter confessado.
Os líderes do governo francês agiram rapidamente para tranquilizar os judeus que eles são parte integrantes de identidade da França em resposta ao chamado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de Israel para os judeus da Europa emigrarem para Israel.
“Não permitirei como se disse em Israel, que os judeus tenham a impressão de os judeus já não tem lugar na Europa e na França em particular”, disse o presidente François Hollande da França, que visitaria o cemitério na região administrativa da Alsácia ontem.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, também fez um apaixonado apelo aos judeus franceses ficar. “Um judeu que deixa a França é um pedaço da França, que se vai,” disse à rádio RTL.
Valls se foi acusado na segunda-feira de favorecer os judeus por um ex-ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Roland Dumas, que acusou- de influência “judaica” em parte por sua esposa ser judia.
Para a comunidade judaica na França, o fato teve uma importância simbólica, especialmente após os tiros de Janeiro em Paris. “Hoje eles estão atacando tanto os vivos quanto os mortos porque eles são judeus,” disse René Gutman, rabino de Estrasburgo e a região circundante do baixo Reno.
A área tinha uma significativa população judaica, mas muitos saíram na década de 1870 quando a área mudou de mãos e tornou-se território alemão. O cemitério data do século XVIII, informou Gutman.
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