“Não estou preocupado com a Petrobras. Empresa de petróleo se recupera se tiver boa gestão. Me preocupa a divisão do país”, afirmou Carlos Brickmann, no debate “Cenário atual e perspectivas para o Brasil”, realizado dia 14 na B’nai B’rith.
Será preciso conversar, negociar, para que o país seja governável, acredita Brickmann. Mas, considera que isso pode demorar, porque a seu ver a oposição está muito eufórica, e o PT continua com a sua prepotência.
Além disso, as pessoas não estão enxergando o que está acontecendo, disse, se referindo a políticos e mesmo a jornalistas. Ele lembrou 1964, quando já trabalhava na Folha de São Paulo. “Era a mesma coisa: diziam que a multidão na rua era só de milionários. Mas, era muita gentes. A desculpa: ah, eles levaram a criadagem!”
Nesse momento em que é preciso fazer economia, o Judiciário e o Congresso continuam aumentando os gastando, com moradias e novos prédios, comentou.
O impeachment não é viável considera ele, embora haja juristas que dizem que sim, e outros que dizem o contrário, se referindo ao atual mandato da presidente.
Uma das preocupações do jornalista é a consequência da Operação Lava Jato com a demissão em massa nas construtoras, não só porque os funcionários terão dificuldade em obter novos empregos no momento, mas porque a capacidade produtiva está se perdendo. Acha que os responsáveis deveriam ser punidos, mas as empresas poupadas, talvez mudando de proprietários.
Contou histórias de bastidores e com muito bom humor tratou de assuntos sérios, respondeu a inúmeras perguntas sobre os mais diversos temas. Sobre a maioridade penal, por exemplo, disse que alterar a lei não resolve, só mudando as cadeias.

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