Uma realização do Depto. de Alemão….contou com diversas atividades
Rosa Branca é o nome de um grupo de resistência ao nazismo formado por jovens estudantes, cuja história deu origem a um livro, traduzido para o português pelo Depto de Alemão e lançado em agosto do ano passado no Instituto Goethe de São Paulo.
A profa. Juliana Peres relata: tenho a impressão de que as ficam tocadas com a história dos estudantes que lutaram conta o nazismo porque é uma história que recupera ideais de paz, amizade, verdade, beleza, que todos nós possuímos e de que todos nós precisamos
profundamente. Mostra que defender a paz de forma pacífica em um contexto violento está ao alcance de todos.
Ouvi alguns dizerem: : “Mas eles tinham a minha idade!” ou “Podia ter sido eu!”.
Com o evento da USP, queríamos tanto tornar a história da Rosa Branca ainda mais conhecida entre os estudantes, quanto criar, um espaço que alimentasse uma cultura da paz.
Tinka …Alunas envolvidas no projeto de tradução também se envolveram com o evento, um importante trabalho de divulgação, quase uma continuação nayural do projeto de tradução do livro, disse Tinka Reichmann.
Começou com apresentação teatral, dirigida por Leslie Marko, que trabalhou com atores voluntários e fez uma leitura muito bonita da história. Em seguida, minha colega Tinka Reichmann e eu apresentamos o livro e o projeto de tradução que deu origem à edição brasileira; a prof. Tucci e o prof. Rainer Schmidt discutiram alguns aspectos da história da Rosa Branca: a prof. Tucci comparou panfletos brasileiros feitos na época da ditadura militar com os panfletos da Rosa Branca, ressaltando a importância de uma defesa contínua da liberdade humana.
O prof. Schmidt contextualizou o grupo da Rosa Branca na história da resistência alemã. Após o debate, abrimos a exposição sobre a Rosa Branca, que a partir de agosto poderá ser vista na Biblioteca Florestan Fernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP o que supera as expectativas não é apenas o público numeroso, mas é a relação que as pessoas estabelecem com a história, a comoção que transparece no público, a alegria e a paz que falar dessa história gera nas pessoas. Todos os eventos que temos feito sobre a Rosa Branca criam oportunidades de encontro, diálogo, amizade; e isso é muito impressionante.
O que superou minhas expectativas em especial foi que a história da Rosa Branca se tornou palpável na atuação dos atores voluntários. Isso fez com que o público se identificasse com os personagens e entendesse melhor seus pensamentos, sentimentos e conflitos. Achei muito comovente escutar as falas que nos eram tão familiares pelo trabalho de tradução na boca dos atores.
1) Sobre a ideia do evento.
Nós já havíamos feito um lançamento do livro “A Rosa Branca”, em agosto do ano passado, no Instituto Goethe de São Paulo. Aquele primeiro lançamento foi muito bom, havia cerca de 200 pessoas, que pareciam muito felizes por conhecerem a história da Rosa Branca. Eu tenho realmente a impressão de que as pessoas ficam tocadas com a história dos estudantes que lutaram conta o nazismo porque é uma história que recupera ideais de paz, amizade, verdade, beleza, que todos nós possuímos e de que todos nós precisamos profundamente.
O fato de que os protagonistas da resistência pacífica foram estudantes, e não militantes políticos “profissionais” também chama a atenção das pessoas, pois significa que defender a verdade e a paz em um contexto histórico violento não é um ato heroico ou sobre-humano, mas algo que está ao alcance de todos.
É uma decisão interior. Muitas vezes, ouvimos os alunos dizerem: “Mas eles tinham a minha idade!” ou “Podia ter sido eu!”. Quando pensamos no evento da USP, queríamos tanto tornar a história da Rosa Branca ainda mais conhecida entre os estudantes, quanto criar, no nosso local de trabalho, um espaço que alimentasse uma cultura da paz.
Um edital da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP nos ofereceu a possibilidade de incluir esse evento na programação da Tenda Cultural, o que nos permitiu dar mais visibilidade ao tema e atingir um público ainda mais abrangente. Algumas das alunas envolvidas no projeto de tradução também se empenharam muitíssimo nos preparativos do evento. Foi, portanto, mais um importante trabalho de divulgação da história da Rosa Branca, e quase uma continuação natural do projeto de tradução do livro.
2) Em que o evento consistiu?
O evento começou com uma apresentação teatral dirigida por Leslie Marko, que trabalhou com atores voluntários e fez uma leitura muito bonita da história. Em seguida, minha colega Tinka Reichmann e eu apresentamos o livro e o projeto de tradução que deu origem à edição brasileira; a prof. Tucci e o prof. Rainer Schmidt discutiram alguns aspectos da história da Rosa Branca: a prof. Tucci comparou panfletos brasileiros feitos na época da ditadura militar com os panfletos da Rosa Branca, ressaltando a importância de uma defesa contínua da liberdade humana.
O prof. Schmidt contextualizou o grupo da Rosa Branca na história da resistência alemã. Após o debate, abrimos a exposição sobre a Rosa Branca, que a partir de agosto poderá ser vista na Biblioteca Florestan Fernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e também foi exibido o primeiro filme sobre o tema, dirigido por Michael Verhoeven, em 1982. (Este filme é muito interessante porque facilita a compreensão do contexto e a participação dos vários membros do grupo.
Na Alemanha, o filme também abriu uma discussão jurídica sobre a validade das sentenças dadas na época do nazismo.
Para quem se interessa pelo tema, é possível assistir ao filme “Sophie Scholl. Uma mulher contra Hitler”, de 2005, de Marc Rothemund.
Este filme focaliza a figura de Sophie Scholl e mostra a experiência pessoal dessa moça tão impressionante. Os dois filmes se baseiam em documentos históricos que estavam disponíveis no momento em que foram filmados. De certa forma, os filmes se completam).
Durante o evento, também houve a venda da segunda edição do livro.
3) O evento superou as expectativas?
Tudo o que temos feito com a Rosa Branca supera as expectativas e tem sido uma surpresa contínua. Por um lado, sempre temos certeza de que as pessoas vão se interessar pela história e que ficarão comovidas com esse testemunho de paz – esta é sempre a nossa expectativa. Por outro, o que supera as expectativas não é apenas o público numeroso, mas é a relação que as pessoas estabelecem com a história, a comoção que transparece no público, a alegria e a paz que falar dessa história gera nas pessoas. Todos os eventos que temos feito sobre a Rosa Branca criam oportunidades de encontro, diálogo, amizade; e isso é muito impressionante.
Neste evento, mais uma vez escutei comentários surpresos do público afirmando que nunca haviam nem sequer ouvido falar da resistência da Rosa Branca antes da publicação do livro. O que superou minhas expectativas em especial foi que a história da Rosa Branca se tornou palpável na atuação dos atores voluntários. Isso fez com que o público se identificasse com os personagens e entendesse melhor seus pensamentos, sentimentos e conflitos.
Achei muito comovente escutar as falas que nos eram tão familiares pelo trabalho de tradução na boca dos atores.
De: liabergmann@bnai-brith.org.br
Para: reichmann@usp.br
Enviadas: Quinta-feira, 12 de Junho de 2014 18:20:36
Assunto: Rosa Branca
Prezada Profa.
A Profa. Maria Luiza Tucci Carneiro me pediu para conversar com a sra. sobre o evento Rosa Branca, na USP. A Profa. Juliana, copiou as respostas dela, pergunto-lhe o que a sra. gostaria de acrescentar a respeito de como foi o evento e se correspondeu ou suplantou suas expectativas.
Cordialmente,
Lia Bergmann
Assessora de Direitos Humanos e Comunicações
B’nai B’rith do Brasil
Tels.: 51 (11) 5055.4280 – 3082.5844 – 99173.7309
e-mail: liabergmann@bnai-brith.org.br
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