Morre em Curitiba Juca Zokner, uma semana depois de lançar dois livros

A comunidade israelita de Curitiba está de luto pelo falecimento de José ‘Juca’ Zokner, ocorrido dia 11/8. Era engenheiro, jornalista, escritor, poeta, ambientalista, amante e profundo conhecedor do iídiche. Apenas uma semana antes, nos dias 3 e 4 de agosto lançou nas Livrarias Curitiba, em tardes de autógrafos, seus dois últimos livros: Reflexões e Digressões, volumes I e II. Mal sabiam seus amigos – que não eram poucos – que se tratava de uma despedida.

Juca fará muita falta. Aos 79 anos de idade deixou a esposa Cecília, as filhas Miriam e Valdirene, netos e a irmã Nessi. Durante o velório, ao qual acorreram muitas pessoas não só da comunidade como também fora dela, onde tinha um grande círculo de amizades, falaram o ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, e o ex-secretário de Estado Segismundo Morgenstern, amigos desde a infância. Ambos recordaram a figura ímpar de Juca Zokner e contaram casos de sua fraterna convivência com ele.

O jornalista Aroldo Murá. G. Haygert, assim se referiu a ele: “Não é fácil noticiar a partida definitiva de Juca Zokner, poeta, homem de espírito, defensor do meio ambiente, pacifista, cidadão do mundo e dono de todas as qualidades positivas que se pode desejar de um ser humano. Pois ele morreu na tarde de sexta, 11, em Curitiba, depois de uma vida fértil de inquieto criador, rebelde diante de uma sociedade consumista, belicosa e divisora do homem e da mulher atuais”.

E prossegue: “A obra desse engenheiro, velho amigo, a quem conheci nos anos 1970, ele editando publicações de conteúdo cultural – como uma da Aliança Francesa -, está aí para ser avaliada; um de seus livros, “150 sonetos & 1 sonetão”, de 2013, expõe toda a sensibilidade e espírito crítico de José (Juca) Zokner. O livro ele dedicou ‘para meus gurus – in memoriam: Milôr Fernandes, Mário Benedetti e Mário Quintana’. E para a família: Valdirene, Miriam, Giovanna, Gabriel e Davi”.