B’nai B’rith repudia atitude da Universidade Federal de Santa Maria

Universidade Federal de Santa Maria Um ofício assinado pelo pró-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (RS), José Fernando Schlosser, pedindo aos responsáveis pelos cursos de pós-graduação para identificar a presença ou perspectivas futuras de alunos e/ou professores israelenses está causando profunda repercussão, e revolta tanto na comunidade judaica quanto em outros órgãos de imprensa e entidades sociais.

O ofício, segundo a Universidade, visava responder a uma solicitação das entidades: “Comitê Santamariense de solidariedade ao povo palestino”, Associação dos Servidores da UFSM, Seção Sindical dos Docentes da UFSM e Diretório Central dos Estudantes (DCE), que perguntaram também acerca de projetos com instituições ou com o governo israelense.

O memorando circulou nas redes sociais e foi afixado em murais com os dizeres em inglês: “Freedom for Palestine – Boycott Israel”.

O reitor Paulo Afonso Burmann veio a público explicar que a Universidade apenas atendeu à Lei de Informação e procura ser imparcial. Disse ainda que é falso o documento que traz as frases em inglês, confirmando, porém, a veracidade do ofício emitido em 2015, solicitando dados sobre alunos e professor israelense nos cursa de pós-graduação da UFSM.

Então, na verdade o que ocorreu na UFSM foi um ato de discriminação. Não foi feita uma pesquisa sobre a nacionalidade dos alunos dos cursos de pós-graduação. Apenas dos alunos e professores israelenses.

A B’nai B’rith repudia a atitude da UFSM e considera o fato da maior gravidade, ainda mais por tratar-se de uma Universidade Federal, sujeita às determinações do MEC- Ministério da Educação e Cultura. E o Estado brasileiro não pratica a discriminação, ao contrário segue, claramente, a nossa Constituição Federal.

O ocorrido na Universidade de Santa Maria chama a atenção também porque, segundo dados fornecidos pelo próprio reitor, além do Comitê de Solidariedade ao povo palestino, as entidades que fizeram as perguntas representam funcionários, professores e estudantes da UFSM. O que de fato está acontecendo na comunidade universitária da UFSM? O que está por trás de tudo isso?

Qual teria sido o segundo passo dessas entidades, caso não houvesse tamanha repercussão?

Queremos lembrar que às entidades de ensino e seus Educadores cabe promover o conhecimento a todos que estiverem interessados e

devidamente matriculados, independente de etnia, origem, religião ou preferências. Devem sempre visar o respeito mútuo, a convivência e a paz.

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