O aumento nas ocorrências de manifestações antissemitas pela internet no Reino Unido fez com que o parlamento local sugerisse à promotoria a adoção de medidas mais duras contra aqueles que usam a web para disseminar mensagens de ódio. Entre as punições está o banimento das redes sociais, mesma restrição adotada contra criminosos sexuais. O documento foi elaborado com a participação de todos os partidos. Ele ressalta o “alarmante” crescimento dos incidentes contra os judeus durante as batalhas entre Gaza e Israel em julho e agosto do ano passado. As palavras “Hitler” e “Holocausto” estão entre as 35 mais usadas no Twitter no período. “Se for possível provar de forma detalhada que alguém considerou e decidiu explorar várias redes on-line para atacar e perpetrar crimes de ódio contra outros, então os princípios, regras e restrições que são relevantes para ofensas sexuais devem ser aplicadas”, afirma o relatório. A equipe que trabalhou no documento, liderada pelo trabalhista John Mann, se encontrou com executivos do Facebook e Twitter. O relatório elogia o Facebook, como um “parceiro” na campanha contra o antissemitismo, mas expressa “sérias preocupações” em relação ao Twitter e seus procedimentos. Na semana passada, a organização Community Security Trust, que monitora o antissemitismo e apoia a segurança da comunidade judaica no Reino Unido, revelou um número recorde de incidentes de ódio contra judeus no ano passado. Entre abril e novembro, foram registrados pela polícia 306 incidentes antissemitas e 236 ofensas apenas em Londres. O parlamento também recomendou que o governo arque com os custos de segurança das sinagogas, crie um conselho independente para tratar do antissemitismo e oriente os professores a tratar dos conflitos no Oriente Médio em sala de aula. (Alef)
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