Em encontro em Berlim, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que a Alemanha não pretende normalizar os laços com o Irã, a menos que esse país reconheça Israel e suspenda as hostilidades ao Estado judeu. “Já deixamos isso bem claro aos iranianos”, disse ela.
Merkel reconheceu que, diante da violência, com os constantes ataques de palestinos a cidadãos israelenses, “este não é o momento para avançar em busca de uma solução de dois Estados” (em busca de um acordo), mas “é possível promover melhoras em campos específicos”, ao prometer ajuda a Israel na área econômica.
Netanyahu agradeceu o apoio, destacando que “Israel não é a raiz dos problemas no Oriente Médio e, sim, parte da solução”. O premier israelense disse que o Estado judeu é uma “força de estabilidade” na região que impede o avanço de grupos extremistas e do islã radical. “Buscamos a nossa proteção, mas, ao fazê-lo, estamos também defendendo nossos valores (ocidentais) comuns”, destacou.
Netanyahu também comentou a proposta francesa para uma conferência de paz entre israelenses e palestinos, qualificando a iniciativa de “questionável” por promover um resultado (a solução de dois Estados) antes da retomada de negociações. “É como dizer: vamos promover uma conferência e, se vocês não foram capazes de alcançar um acordo, nós já temos a solução pronta; vamos reconhecer um Estado palestino, e não importa se este Estado poderá se transformar em outra ditadura islâmica, uma das muitas que existem no Oriente Médio”, advertiu o premier.
Enquanto isso, no Oriente Médio, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou Israel, com ataque aos depósitos de gás e amoníaco em Haifa. A atitude de Nasralla teve o objetivo de demonstrar força e poder, que vem perdendo com a guerra síria e diante das notícias de que estaria com câncer.
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