76 ANOS DA PARTILHA

Hoje, 29 de novembro de 2023, 16 de Kislev de 5784 do calendário judaico, marca os 76 anos da aprovação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas da partilha da região, então chamada região da Palestina, em duas áreas: uma reservada para a criação de um estado aos judeus e outra para a população árabe da localidade.

A sessão, presidida pelo chanceler brasileiro Oswaldo Aranha em 1947, foi vital para que o povo judeu – recém-saído do Holocausto, além de um histórico de perseguições e massacres por quase 2000 anos – pudesse retornar à sua própria terra milenar.

Foram 56 países votantes: 33 a favor – incluindo o Brasil –, 10 abstenções e 13 contrários, os quais decidiram positivamente em prol da partilha, marcando então o fim do mandato britânico da região.

Infelizmente, os países árabes – 10, em 1947 – não reconheceram essa decisão da ONU e, com a saída dos soldados britânicos e a fundação do Estado de Israel, atacaram, em 1948, o recém-criado país. Israel se defendeu e estabeleceu posições a fim de garantir sua segurança.

Porém, passados 76 anos, o Estado de Israel, atuando e evoluindo numa vibrante democracia e fortemente colaboradora da evolução tecnológica da sociedade mundial, ainda deve defender-se de ataques terroristas e atrocidades inimagináveis. Está sempre em busca de uma paz duradoura e uma convivência harmoniosa com todos os países árabes, inclusive e, em especial, os palestinos.

A despeito das dificuldades, alguns avanços ocorreram e seguem acontecendo. O acordo de paz, em 1979, com o Egito, o acordo de paz com a Jordânia, em 1994, e, em 2020, reconhecendo os benefícios mútuos que uma relação regular e respeitável pode trazer, o “Acordo de Abraão” é assinado, estabelecendo a paz e mútua cooperação com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, além de um acordo com o Sudão e a contínua informação de que outros países árabes seguirão estes mesmos entendimentos. E evoluindo bem para um importantíssimo acordo com a Arábia Saudita.

Contudo, desafios continuam. O Irã, sob o dominio de uma teocracia fundamentalista xiita, insiste em suportar uma política e ação de apoio a diversas organizações reconhecidas como terroristas e seus atos abomináveis de selvageria, desenvolvendo também um programa de domínio da tecnologia nuclear, não se cansando de anunciar a destruição do Estado de Israel, “dos infiéis judeus e norte-americanos”. Esperamos que o mundo entenda, de vez, que a verdadeira intenção e objetivo destes fundamentalistas é estabelecer o islamismo radical como a única religião a ser seguida. Eliminando todos os “infiéis”. Do mundo todo!

Roguemos e atuemos para que se encontre um entendimento entre todos o mais breve possível. Para o bem dos países da região e de toda a humanidade.

Shalom,

Abraham Goldstein
Presidente Nacional da B´nai B´rith do Brasil

76 anos da aprovação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas da partilha da região, então chamada região da Palestina, em duas áreas: uma reservada para a criação de um estado aos judeus e outra para a população árabe da localidade.

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