“Somos o que lembramos e soubermos comemorar”

pessach
Pessach-10 de Abril de 2017-14 de Nissan 5777 Erev
Oito dias até 18 de Abril -22 de Nissan 5777
 

Pessach esta chegando e há dias a comunidade judaica mundial vem se preparando para esta festa da Libertação do jugo da escravidão no Egito.

Sim, nós festejamos, tanto os mais, como os menos conservadores. Pessach é uma data tão simbólica que une todas as famílias em redor do mundo em mesas festivas, Seja como convidados, ou familiares, com as portas abertos a todos.

Também é chamada de Chag Há Mazot – o Pão ázimo que devemos usar durante uma semana, juntamente com alimentos sem farinha e não fermentados.

Pois, no ultimo dia das Dez Pragas impostas ao povo egípcio, o que fez o Faraó amolecer e deixar o nosso povo partir, saímos do Egito. Assim na pressa não dava tempo de deixar assar o pão.

Motivo pelo qual só ingerimos Pão ázimo, Matzá durante Pessach.

Algumas famílias limpam as suas casas afastando todo tipo de “chametz” e usando louça apropriada para estes oito dias. Na Diáspora são 8 dias e em Israel 7 dias por usarmos a contagem lunar do tempo.

A noite de Seder – que significa Ordem traz forte simbologia, começando pela ornamentação das mesas, ou seja: duas velas em candelabro, um copo a mais para o profeta Eliahu Hanavi, símbolo da redenção. Um prato de Pessach com três Matzot, com a benção do Pão, uma delas é partida e distribuída entre todos. Outra é para o Aficomen, sendo escondida, para que após a refeição festiva, as crianças a procurem.

O prato do Seder deve ter:  Zeroá-Osso tostado- uma referência ao sacrificio do cordeiro na vésoera de Pessach na época do Templo, Beitza- ovo cozido e queimado, oferenda levada ao Templo, representa luto pela destruição do II Templo e também o início do ciclo da vida, Maror- que nos lembra da amargura da escravidão,Karpas-Salsa, a esperança da libertação, que deve ser mergulhada na água salgada, significando as lágrimas derreadas, Charosset-Mistura de maça ralada e nozes, representa a argila que os nossos antepassados usavam nas obras do Faraó.

Assim o Seder percorre com atenção espacial para as crianças marcando este costumo a ser lembrado a todo ano. As Hagadot usadas ilustram o evento de forma colorido e alegre. Os meios usados variam de acordo com a origem dos participantes Chag Mazot e um bom Pessach Sameach a todos, esperando que haja cada vez mais liberdade no mundo. Que homens e mulheres possam desfrutar a=da liberdade de pensamento e ação, com igualdade de direitos e deveres.

Que a centralidade de Jerusalém para o povo judeu possa ser reconhecida por todos. Lembramos que em todas as Hagadot, acompanhando povo judeu nos últimos dois mil anos, ao final, lemos “Leshana Há bah be Jerushalajim” – “No ano que vem em Jerusalém”, mostrando o anseio do povo judeu de uma Jerusalém livre para acolher os judeus e de nações com liberdade para que pudessem sair e se quisessem, voltar.

Chag Pessach Sameah
Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith Brasil

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