Judeus estreiam com dois sambas-enredos no Grupo Especial do Carnaval de SP

Ronny Potolski e Jairo Roizen emplacaram suas composições na Unidos do Peruche e na Pérola Negra, driblando qualquer preconceito. Extensa matéria publicada pelo UOL retrata a trajetória dos dois judeus, cujas famílias tem raízes no leste europeu, fugindo do estereótipo dos sambistas. “Ganhar o concurso de samba-enredo em duas escolas do Grupo Especial de São Paulo é uma resposta a tudo isso”, acredita Jairo, referindo-se ao preconceito. Ronny concorda e protesta: “Não ter raiz do samba no sangue sempre pesou como um estigma sobre a gente”.

“Nessa cruzada contra o preconceito, ambos defendem o direito de se expressar como cidadãos brasileiros apaixonados pela arte do samba e sua expressão mais popular, que é o Carnaval. Ser judeu é um detalhe que, evidentemente, não deveria ter o menor significado, como não tem o fato de a passista ser católica, o mestre-sala ser umbandista, o mestre de bateria ser devoto de Ogum – e de São Jorge ser considerado protetor dos batuqueiros.”.

“Uma boa demonstração de que é possível conviver com a tolerância religiosa é o desafio que este ano caiu nas mãos de Ronny. Como Carnavalesco da escola X-9 de Santos, ele tem a missão de levar para a avenida um desfile sobre a importância de Nossa Senhora de Monte Serrat para a história da cidade, da qual é padroeira”.

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