B’nai B’rith na 4ª Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial

Nos dias 12 e 13 de janeiro realizou-se no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, a 4ª Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Promovida pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, através da Coordenadoria de Políticas para a População Negra e Indígena (CPPNI).

Com 347 delegados eleitos nas Conferências Municipais e Intermunicipais, sendo 249 da sociedade civil, 88 de governos municipais e 10 do governo estadual, estiveram representados os movimentos negros, religiões de matriz afro-brasileira, quilombolas, indígenas. Juventude negra, idosos, LGBTT, entre outros.

O evento é preparatório para a 4ª Conferência Nacional, que se realizará em Brasília no mês de maio. O tema central “O Brasil na década dos afrodescendentes: reconhecimento, justiça, desenvolvimento e igualdade de direitos” foi amplamente debatido, chegando-se às propostas para a etapa nacional e as a serem implementadas no Estado de São Paulo.

Para Lia Bergmann, delegada eleita na capital, a comunidade judaica tem uma forte tradição de atuação pelos direitos humanos, pelas minorias e igualdade racial, estando presente no CNPPIR – Conselho Nacional da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, desde sua criação em Brasília, através da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

A B’nai B’rith participa desta história no Brasil e em diversos países, tendo lutado ao lado de Martin Luther King nos EUA. “Realizamos um amplo trabalho educacional no combate à discriminação e à violência”, destaca a assessora de Direitos Humanos e Comunicações da B’nai B’rith.

O evento teve início com um ato inter-religioso a cargo dos membros do Fórum Inter-religioso de Liberdade de Crença por uma Cultura de Paz.

Na abertura, o secretario da Justiça e da Defesa da Cidadania Márcio Fernando Elias Rosa salientou: “A discriminação traz em si um conteúdo de ódio e intolerância; de desrespeito ao próximo por não identificá-lo como igual; de não alteridade e incapacidade de empatia”, ponderou. “É para romper com esse comportamento e superar essa natureza humana que deforma o homem que devemos atuar e trabalhar para reduzir a desigualdade e fomentar o respeito e a tolerância”.

A coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena, da Secretaria da Justiça, Elisa Lucas Rodrigues, falou do compromisso institucional para propiciar a realização dos anseios do movimento negro e de ativistas de direitos humanos na superação dos processos de desigualdades históricas.

“Cabe à Coordenação colaborar para uma leitura crítica acerca dos avanços conquistados, das perspectivas frente à conjuntura e lançar-se aos novos desafios”, afirmou, ao destacar a importância da voz da sociedade civil nas Conferências Municipais e Regionais. “Esse envolvimento é o alicerce para construirmos as novas fases deste processo de conquista das políticas públicas afirmativas”, pontuou.

O secretário Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Juvenal Araújo Junior, participou do encontro e frisou que a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no país. “Que possamos fazer com que o que for decidido nessa Conferência se torne políticas públicas permanentes de promoção de igualdade racial. A luta não é só minha, é de todos nós”, exclamou.

Foram realizadas etapas regionais em 16 regiões administrativas: capital, Campinas, Barretos, Osasco, Sorocaba, Grande ABC, Vale do Paraíba e litoral Norte, Marília e Bauru, Ribeirão Preto e Franca, Guarulhos e região, Baixada Santista, São José do Rio Preto, Jundiaí, Araraquara e São Carlos, Alto do Tietê, Presidente Prudente, Araçatuba e Vale do Ribeira.

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