Esta semana se reuniu em Cancun a 47 a Assembleia Geral da OEA, com uma vasta agenda sobre direitos humanos, desenvolvimento sustentável, e combate à pobreza extrema.
No entanto, o centro dos debates, tanto nas reuniões das organizações da sociedade civil com Ministros do Exterior, quanto na sóbria e breve cerimônia de abertura, foi a situação política e social na Venezuela.
Como é do conhecimento público, 90% da América Latina, representados por 20 estados obtiveram consenso total a respeito de que a situação humanitária na Venezuela (o governo desse país desmente) deve encontrar uma solução urgente, e o próprio Estado do Vaticano emitiu novamente uma opinião similar nestes mesmos dias. Países do Caribe (como São Cristóvão e Nevis, Dominica, Antígua e Barbuda) com a Nicarágua, El Salvador, Bolívia se opuseram a que se chegasse a qualquer resolução executiva.
B’nai B’rith presente uma vez mais, neste contexto da Assembleia como tem feito desde que foi criada, afirmou em várias reuniões com autoridades dos diferentes países que a situação inerente à defesa dos direitos humanos deve estar acima de todas as considerações políticas.
A delegação da instituição incluiu o presidente da B’nai B’rith no México Dan Tartakovski; a diretora adjunta do Departamento de Políticas Públicas Sienna Girgenti e o diretor para a América Latina Eduardo Kohn. O grupo realizou reunião com o Secretário-Geral Luis Almagro e debates com os Ministros das Relações Exteriores do Uruguai Rodolfo Nin Novoa; do Paraguai, Eladio Loizaga; do Peru, Ricardo Luna; da Costa Rica, Manuel González Sanz; do México, Luis Videgaray. Também realizou reuniões com o vice-ministro de Relações Exteriores do México Miguel Ruiz Cabanas, e do Diretor Geral da MRREE Brasil (que chefiou a delegação), o embaixador Marcos Galvão Bezerra Abbott.
A OEA é a única organização pan-americana que reúne todo o continente e a única a ter como ferramenta essencial da democracia uma Constituição Democrática adotada e assinada em 2001. O impedimento para o desenvolvimento da democracia nas Américas é de responsabilidade dos Estados. O ministro das Relações Exteriores da Costa Rica Manuel González, referindo-se à incapacidade de obtenção das maiorias necessárias para ajudar o povo da Venezuela foi enfático: “Estamos errados, e esses erros não só serão registrados pela história, mas vamos ser reprovados, e devemos saber que viveremos com isso”.
A B’nai B’rith também manteve conversações com colegas da sociedade civil, incluindo a Human Rights Watch e a Global Rights, e a delegação israelense (observadora na OEA) chefiada pelo vice-ministro para os Assuntos Diplomáticos do Gabinete do Primeiro-Ministro ex-embaixador para os EUA, Michael Oren.
Enlçace Judio – México
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