Estamos em pleno mês de Av, marcado por lembranças tristes de vários fatos que se sucederam historicamente nestes dias.
Memorizamos a destruição dos Templos, o Primeiro em 586 AEC. com o exílio do nosso povo para a Babilônia e meio século depois, em 70 DEC. após a destruição pelos Romanos, um novo exílio, a diáspora. Em parte motivada por desavenças internas que levaram à do país em dois, após a morte do rei Salomão.
É um bom momento para reflexão, e para isso contamos com importante mensagem do Rabino Lorde Jonathan Sacks: os sete os princípios para nos embasarmos mantendo o diálogo entre nosso povo superando divergências.
Vamos analisar resumidamente estes princípios:
Principio um: Manter o diálogo mesmo se houver discordâncias. Por mais que discordemos haveremos que buscar então caminhos a superar.
Principio dois: Escutemos um ao outro. Escutar é uma profunda terapia. É espiritual. Não devemos esquecer que o “Shemá Israel” significa “Escuta ó Israel”.
Principio três: Seja humilde ao tentar entender o que diz seu oponente. Este foi o caminho proposto por Hillel. É usado sempre na mediação de conflitos.
Principio quatro: Nunca “cante” vitória. Se infringir uma derrota ao seu opositor ele buscará fazer o mesmo com você. Não pense em vitória ou derrota. b Pense sempre no que é o melhor para o povo judeu.
Principio cinco: Se você desprezar os outros judeus eles o desprezarão. Se você mostrar respeito ao próximo, será respeitado. O que você faz retorna para você.
Principio 6: Lembre-se do princípio judaico: “Kol Jisrael arevim zee ba zee”. Todos os judeus são responsáveis uns pelos outros. Não precisamos concordar em tudo, mas, lembrarmos que somos uma grande família.
Princípios sete: D’s escolheu o nosso povo. Ele não escolheu somente os justos. Escolheu a todos nos. Nós somos unidos pelos Mandamentos. O mundo não faz distinções, O antissemitismo também não.
A Sabedoria judaica diz que a Torá nos foi dada para levar a paz ao mundo. Como pode o mundo nos julgar se discordamos entre nós. Façamos um gesto para escutar um ao outro. Somos uma grande família.
Três semanas marcam a nossa historia, ela não reversível.
Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith do Brasil
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