Tishá Be Av: as tragédias e lições de 9 de Av

Estamos em pleno mês de Av e os primeiros dias até 9 de Av, são de triste memória. Dias da destruição dos dois templos em Israel.

O primeiro foi destruído em 586 A.E.C. pelos babilônios e o segundo em 70 E.C. pelos romanos. Sendo que o primeiro foi construído pelo Rei Salomão, e após dois anos de lutas, quando Nabucodonosor conquistou a cidade expulsou os judeus, levando-os como escravos para a Babilônia.

Outros eventos ocorreram nestas datas. A história do Bezerro de Ouro na época de Moisés. O retorno dos espiões na longa caminhada dos judeus em direção a Terra Santa com más notícias. Bem como a queda de Beitar, a última fortaleza que resistia aos romanos, com a revolta de Bar Kochba em 135 E.C.. Um ano depois a região do templo foi arada, Jerusalém destruída e estabelecida a Aurélia Capitolina em seu lugar.

O rei Fernando decretou a expulsão dos judeus da Espanha, marcando Tisha Be Av, como prazo final para que não houvesse um único judeu no solo espanhol.

Como se não bastasse, em 26 de Julho de 1555, o primeiro gueto foi estabelecido em Roma. O Papa Paulo IV forçou os judeus a morar em uma área mal cheirosa.

A Primeira Guerra Mundial teve início em Tisha Be Av e o atentado à AMIA, na Argentina aconteceu em 10 de Av, enquanto séculos antes o Templo de Jerusalém ainda ardia.

Muito judeus jejuam e usam este período para refletir sobre as tragédias do passado, que contribuíram para a unidade de nosso povo que perdura até os tempos atuais.

Pois é, novamente somos defrontados pelos que nos rodeiam, em especial da parte de Gaza. Hoje em dia o alcance dos foguetes gera uma intranquilidade ao Independente Estado de Israel.

Vide como dizem “quando a Europa nos expulsou diziam vão, a Israel a sua Terra e agora em Israel, a terra de nossos antepassados, proclamam fora de Israel”. Uma falsa interpretação de pertinência espalhada pelo noticiário mundial.

Mas ao contrário, encontramos um Israel determinado a agir em reação aos terroristas de Gaza. Procurando respeitar as vidas de seus habitantes e mesmo procurando evitar tragédias humanas. Mas, infelizmente, Guerra declarada é Guerra.

Porque será que o mundo, e especialmente no Oriente Médio, escolhe o triste caminho de guerras e ódios raciais?

Só podemos nos solidarizar com o Estado de Israel, que mesmo ao se defender, busca salvar vidas, informando muitas vezes a população civil onde irá atacar. Saudamos os jovens israelenses que dão suas vidas pelo país, buscando destruir o grande número de os tuneis traiçoeiros.

Enfrentamos o antissemitismo que novamente mostra a sua cara, mas não perdemos a esperança.

Que haja paz entre os homens como rezamos todos os dias no sentido bíblico. O Eterno sonho.

 

Em Shalom

Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith Brasil

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