Sobrevivente holandês fala na sede da ONU

A data foi lembrada também na sede da ONU nos EUA, onde representaram a B’nai B’rith, o vice-presidente Rhonda Love, diretor para Assuntos da ONU e David Michaels e Oren Drori, da mesma área.

Após os discursos de abertura, vieram os de Beate Klarsfeld, caçadora de nazistas e o testemunho pessoal dada pelo sobrevivente do Holocausto Haim Roet.
Roet nasceu em 1932 em Amsterdã em uma família de judeus ortodoxos. Em 1942, sua família foi levada para um gueto, e nunca mais viu duas de suas irmãs e o avô. Alertada que a SS estava chegando seus pais não abriram a porta. No dia seguinte, sua mãe que falava alemão conseguiu não ser levada e assim salvou o filho. A “coragem da minha mãe é uma das razões que eu posso falar aqui hoje.” Havia 144.000 judeus na Holanda antes do Holocausto; apenas 35.000 sobreviveram.
Em 1989, Roet criou junto com o Yad Vashem, o Programa “Para cada pessoa há um nome”, patrocinado nos EUA, pela B’nai B’rith. Ele preside a Comissão para o Reconhecimento dos Judeus que salvaram Judeus durante o Holocausto. Este comitê trabalha com o Centro Mundial da B’nai B’rith em Jerusalém promovendo em Yom Hashoá uma celebração única com esse tipo de reconhecimento.

O embaixador David Roet (filho de Haim Roet), representante adjunto permanente de Israel para as Nações Unidas, ajudou a convocar a primeira reunião na luta contra o antissemitismo na Assembleia Geral da ONU, no ano passado.
Infelizmente, assistimos a um aumento do antissemitismo em todo o mundo, mas especialmente no Oriente Médio. A B’nai B’rith Internacional louva a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova por condenar o concurso de caricaturas e desenhos animados sobre o Holocausto que Irã planeja realizar pela terceira vez em junho. Negam que o Holocausto ocorreu. Bokova enviou uma carta à Teerã e se se encontraria com o presidente iraniano Hassan Rouhani em Paris.
A B’nai B’rith pede aos governos para condenar o antissemitismo e para educar os jovens sobre a Shoah e suas consequências.
A B’nai B’rith acredita que todos ao redor do globo terrestre deveriam ouvir os relatos dos sobreviventes do Holocausto, para lembrar os acontecimentos e dizer: Nunca Mais!