Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro – Hitler, Leis de Nuremberg e Discriminação

Faz quase 80 anos que os nazistas baixaram um conjunto de leis raciais contra judeus, polacos, homossexuais, ciganos, negros, eslavos, romenos, inválidos, deficientes mentais, declarando-os sub-humanos diante da raça superior ariana. Era o primeiro passo para o holocausto que estava por vir.

 

A Humanidade pagou pesado tributo em sangue para destruir o pretenso Reich milenar e suas leis. Onze dolorosos anos de desgraças e o Brasil, uma das 19 Nações Aliadas, também sofreu, com a perda de mais de dois mil preciosas vidas brasileiras nos torpedeamentos pelos submarinos nazistas e na Itália.

 

As Leis de Nuremberg consideravam como judeu, logo candidato preferencial ao extermínio nos campos da morte, a aqueles que tivessem três ou quatro avós judeus.

 

Entretanto, no Gueto de Varsóvia, destinado a judeus, funcionavam varias igrejas, pois muitos católicos já nem se lembravam de que tiveram avós judeus.

 

Mas Hitler lembrou. Os nazistas mandaram para a câmara de gás tais infelizes católicos, equivocadamente classificados como judeus.  Como dizia o saudoso João Saldanha, eles estavam mais por fora que o português da sinagoga (referindo-se ao passante luso que foi a única vitima metralhada em frente a uma sinagoga em Paris).

 

E o Jornal Bancário, do sindicato carioca, a exemplo do disposto nas hediondas Leis de Nuremberg, também classifica como judeu ao católico Capriles, opositor do Presidente Chavez nas eleições da Venezuela.

 

O Bancário até extrapola as Leis de Nuremberg, uma vez que apenas os avós maternos de Capriles eram judeus! Pelas leis raciais, ele seria “apenas” mestiço …

 

É o que constatamos em sua edição 4596 de 10 outubro de 2012, segunda página: …  do outro lado um judeu, católico por conveniência politica, branco e rico…

 

Portanto, no Jornal Bancário sobrevive ampliado, o mesmo pensamento nazista de quem é judeu, não importa se foi batizado pelo padre ou se frequenta missa todo domingo.

 

Pois saiba o Bancário que a Alemanha nazista acabou em 1945. Ser judeu nunca foi crime.  As leis racistas já foram para a lata do lixo, que é para onde devem ir também pregações equivocadas a luta de classes e incitação ao conflito entre os segmentos da sociedade.

 

O que as pessoas de bem postulam é a igualdade para todos, seja qual for a cor da pele, a preferencia religiosa ou ideológica, trabalhar para fazer um mundo melhor, livre e democrático, sem pobreza e com as mesmas oportunidades para todos, e muito importante, sem DISCRIMINAÇÃO!!!

 

Israel Blajberg

Rio de Janeiro – RJ

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