Sinagoga de Nova York exporta estilo de divulgação judaica

Em lofts elegantes se reúnem jovens profissionais judeus, atraentes e seculares. Durante o encontro um rabino judeu ortodoxo, vestindo uma camisa preta justa e jeans rasgados, chama a atenção do grupo, parte da Sinagoga do Soho. “Desliguem seus celulares e liguem seus corações”, disse o rabino, Mendel Jacobson. E começou a recitar, em aramaico, uma passagem do Talmud Babilônico sobre a adoração de ídolos, traduzindo cada sentença para o inglês.

 

A Sinagoga do Soho ganhou as manchetes pela primeira vez há mais de cinco anos, quando começou a promover festas badaladas no centro sem um conteúdo religioso óbvio. O paradoxo é que as reuniões são e organizados por um casal jovem ortodoxo que rompeu formalmente com o movimento hassídico Lubavitch, mas que continua se identificando pessoalmente com seus ensinamentos.

 

Quando a Sinagoga do Soho teve início em 2005, com suas festas em lofts e coquetéis, não havia nada igual. Agora, muitas organizações buscam usar a mesma estética descolada para atrair os judeus seculares urbanos nos anos entre a faculdade e o casamento.

 

Atualmente mais velhos do que muitos de seus membros, os líderes da sinagoga, o rabino Dovi Scheiner, 36, e sua esposa, Etsy, 32, estão tentando exportar o que chamam de “estilo” da Sinagoga do Soho –sua fusão da prática judaica tradicional com uma estética urbana moderna– para judeus jovens em outras cidades. E, em Nova York, eles estão buscando aumentar o conteúdo religioso, por meio de reuniões sobre o Talmud duas vezes por semana.

 

Uma festa em Hollywood Hills marcou a estreia da Sinagoga do Soho Los Angeles: com um DJ e dois bares abertos, um público repleto de atores, cineastas e outros da indústria do entretenimento, muitos se descrevendo como judeus “culturais” ou que só vão às sinagogas nos dois grandes feriados judaicos.

 

O casal Scheiner deseja dar início a festas semelhantes em Chicago, Londres, Paris, San Francisco, Tel Aviv e Toronto nos próximos três anos, criando uma rede global. Eles planejam encorajar os jovens judeus nessas cidades a assumirem a organização dos eventos e, se necessário, ajudá-los a contratarem seus próprios rabinos.

 

“Nós não estamos dizendo, por que você tem um telefone no seu bolso, ou por que você está namorando um não judeu?” ele disse. “Isso não cabe a mim. Nós estamos aqui para inspirá-las, abrir seus olhos, permitir que se reconectem e cresçam.”

 

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