Quem é, de verdade, a UNRWA?

Há anos Israel denuncia os verdadeiros objetivos da UNRWA, a agência de assistência a refugiados palestinos da ONU. Segundo os israelenses, se trata de uma organização intrinsecamente palestina, mesmo que tenho as letras “UN” (United Nations) no nome. Para a ex-parlamentar do Partido Trabalhista Einat Wilf, a UNRWA se dedica, hoje em dia, a criar novos refugiados palestinos. Isso porque, em vez de resolver o problema dos refugiados árabes que foram expulsos ou fugiram de Israel em 1948, quando o país foi criado, a UNRWA mantém esses refugiados como tais – e dá certificado de “refugiado” aos filhos, netos e bisnetos deles, sem nunca assentá-los. Quase 70 anos depois da criação de Israel, há mais refugiados palestinos hoje do que naquela época. É como se os refugiados da Segunda Guerra Mundial ainda morassem em campos de refugiados e seus filhos, netos e bisnetos também recebessem o status de refugiados, sem nunca serem aceitos nos países onde estão.

— Hoje, há cinco milhões palestinos por causa da ONU — diz Einat Wilf. — Esse número seria zero se não fosse a UNRWA. Mas a agência da ONU mantém os palestinos como refugiados, sem solução. Crianças que nasceram em Gaza ou em Ramallah são “refugiados de Ashkelon ou Jaffa”. Os palestinos são os únicos que têm uma agência própria na ONU. Outros refugiados sempre encontram soluções para seus filhos, chegam ao fim desses problemas, mas com os palestinos isso não acaba nunca.

Por tudo isso, os israelenses não acreditam nos dados e fatos relatados pela UNRWA em Gaza. Os funcionários da agência são quase todos palestinos – muitos, segundo Israel, membros do Hamas. Então, a neutralidade que se espera de uma agência das Nações Unidas não é o que se vê na agência da ONU para os palestinos.

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