PURIM E A LIBERDADE DE PENSAMENTO
04 a 05 de Março de 2015 – 13/14 de Adar 5775
O dia em que a sorte foi decidida, livrando o povo judeu de mais um aniquilamento, segundo conta a nossa história. Organizado pelo déspota primeiro ministro da Pérsia, Haman, é relatada no livro de Esther, a rainha, que com seu primo Mordechai nos salvou, indo falar corajosamente com o rei Achashverosh (Assuero). Aqueles acontecimentos se assemelham aos que presenciamos hoje, onde vislumbramos uma nova onda de destruição ao nosso bravo povo.
Sim, somos contadores de história ou “Qual é a sua história”, como relata o Rabino Lorde Jonathan Sacks em longo artigo, mostrando o comportamento da sociedade atual e do passado. “A sociedade norte-americana é fundamentada e se molda nos ensinamentos da Bíblia”, retratados nos monumentos em Washington.
Disse Martin Luther King e está em seu memorial: “A escuridão não pode extinguir a escuridão, apenas a luz pode fazer isso. O ódio não pode extinguir o ódio, só o amor pode fazê-lo.” Ou no monumento de Roosevelt: “Não temos nada a temer, somente a nós mesmos.” Ou como falou Thomas Jefferson: “Jurei perante o altar de D’s, eterna hostilidade contra toda forma de tirania sobre a mente humana”, “D’s criou a mente livre”. “D’s nos deu vida e nos deu liberdade”. “Pode a liberdade de uma nação estar segura se removemos a convicção de que a liberdade é um presente de D’s?”
Nós judeus sempre temos muitas histórias. Para Elie Wiesel: “D’s gosta de Historias”. História esta escrita em pedras e monumentos, relatada de pais para filhos no decorrer dos séculos. Do passado para o futuro. Temos histórias de glórias, de prisioneiros e de derrotas. Assim, contadas com liberdade de pensamento e todos nós, jovens e idosos somos parte desse universo.
A Declaração dos Direitos Humanos assegura a liberdade, e trata das responsabilidades de todos, como seres livres dentro da sociedade, onde deve haver convivência e esperança.
Estes pensamentos simbolizam a importância da identidade e das lutas pela liberdade de mantê-la.
Purim, que festejamos com liberdade e igualdade, é um bom símbolo de tudo isto. Que tenhamos sempre em vista a garantia desta liberdade onde estivermos.
Chag Purim Sameach
Ernesto Strauss – Diretor Cultural da B’nai B’rith do Brasil
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