Estamos celebrando os dias de Pessach, lembrando a saída dos hebreus do Egito após 400 anos de escravidão, com o ação DIRETA de D’us que encontra em Moisés, o seu mensageiro.
Este ano, coencidente em data, a festa da Páscoa Cristã, que relembra a ressureição de Jesus de Nazaré, como relatado pelos seus discípulos.
Assim, todos celebram, em família e com amigos, datas de marco singular na formação de sua identidade.
Optamos de trazer alguns trechos do recente livro da Congregação Israelita Paulista – CIP com sua bela introdução pelo seu Rabino Michel Schlesinger sob a coordenação da Profa. Maria Luiza Tucci Carneiro – “Olhares De Liberdade”:
A festa de Pessach reafirma o nosso compromisso com a liberdade de todos os seres humanos. Nesta festa é possível constatar, de maneira clara, a interdependência entre mito e regra destacada por Bialik. Sem a história da saída do Egito, a Matzá (pão ázimo) e o Maror (erva amarga) perderiam todo o sentido. Ao mesmo tempo, sem os alimentos típicos e o ritual do Seder (jantar comemorativo), a história do Egito seria esquecida.
A escola desempenha um papel importante na formação intelectual dos jovens, a sinagoga é um marco de busca espiritual, a comunidade proporciona o encontro social. No entanto, existem mensagens que somente podem ser transmitidas dentro de casa entre Pais e Filhos.
A festa de Pessach é a que consagra a comunicação entre pais e filhos. Na seqüência filhos fazem perguntas e pais proporcionam respostas.
Se Pessach é a festa que comemora a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio na época bíblica, a passagem da imigração forçada levou à integração de uma nova pátria.
Pensar em liberdade sempre será um desafio, pois sabemos que a escravidão é terrível para aqueles que a viveram ou ainda a vivem em cativeiro.
A liberdade faz parte da essência do Judaísmo.
Na noite do Seder, nossas casas se transformam em Santuários e nossas mesas, em altares.
“Eu sou o Eterno que os tirou da Terra do Egito. Amén.”
Chag Sameach a todos, em todos os dias e noites de liberdade e alegria.
Shalom
Ernesto Strauss
Diretor Cultural da B’nai B’rith Brasil
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