Os 50 anos do domingo sangrento de Selma (EUA)

Um dos momentos decisivos da luta dos negros norte-americanos pelo direito ao voto e pela igualdade foi a marcha da cidade de Selma, no Alabama, para a capital do Estado, Montgomery, em março de 1965.

No dia 7 de março, 600 manifestantes atravessaram uma ponte em direção à capital, ao final encontraram o caminho bloqueado por policiais, que lhes ordenaram retornar. Os manifestantes se recusaram e foram atacados com gás lacrimogêneo e cassetetes. Mais de 50 pessoas foram internadas em hospitais. Esta foi a primeira tentativa: “Bloody Sunday”, o Domingo Sangrento. Houve outra, em 9 de março, liderada por Martin Luther King, que resolveu não confrontar a polícia. Na terceira, em 21 de março, com proteção de tropas federais, King marchou ao lado do rabino Abraham Heschel, um dos maiores líderes religiosos dos EUA no século 20. Em 24 de março, 25 mil pessoas chegaram à capital do Alabama. Hoje, os negros controlam politicamente a cidade de Selma, mas disparidades sociais de longa data ainda persistem. 10 mil brancos deixaram a cidade nos últimos 30 anos, o que a deixa com 80% de habitantes negros. Os ricos continuam sendo os brancos (Conib).

Selma

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