O ódio que não morre

O ódio que não morre

Muitos já tentaram, ao longo da história, movidos por um ódio irracional, ver Israel e seu povo morrerem. O artigo do Sr. José Eduardo Agualusa, sábado 22/5 no Segundo Caderno de O Globo, segue a fúria doentia contra o povo de Israel desde os amalequitas, passando por filisteus, assírios, babilônios, persas, até Torquemada e os reis católicos da Espanha, Chmielnitzki na Ucrânia e Hitler, na Alemanha Nazista.

Agualusa surpreende pela enorme quantidade de imposturas, falsificações da história e distorções que ele conseguiu entulhar nesse espaço do jornal. Responder a todos os embustes da ignorância e cegueira ideológica dele exigiria um espaço maior. Por isso, vamos às principais.

Com milhares de mísseis atirados contra sua população civil, Israel defendeu-se contra-atacando os terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, e não os palestinos que criminosamente são usados como escudos humanos.

Israel mira alvos precisos e toma o máximo cuidado para evitar mortes de palestinos inocentes com avisos antecedendo os ataques e o chamado “batida no telhado”, com bombas que fazem barulho para assegurar a evacuação do local, enquanto o Hamas e seus parceiros fazem de tudo para matar o maior número possível de israelenses. Para dizer que ganharam a guerra e para que morram o máximo de palestinos, a fim de arrebanhar simpatias, nem que para isso mintam aumentando as vitimas e colocando “Pallywood” em cena para enganar incautos na internet.

O artigo segue com uma das calúnias prediletas dos que odeiam Israel: a acusação trapaceira do Apartheid. O único país democrático da região onde todos os cidadãos, inclusive os árabes, têm direitos iguais efetivos, inexistentes em Gaza ou em qualquer outro país vizinho a Israel. Vítimas da antiga política racista da África do Sul desmentem amplamente essa farsa.

O menosprezo do autor pela história do povo judeu e sua terra ancestral é escandaloso. Chega ao cúmulo de engatar um imaginário paralelismo judaico com as atitudes dos boers no Sul da África. E lança ainda outra patranha ao referir-se à lei do parlamento israelense que caracteriza o país uma nação judaica.

Todos os povos têm direito a uma nação, mas segundo a ótica antissemita, só os judeus, não! Israel, a única nação judaica do mundo, menor que Sergipe, o menor Estado brasileiro. Para os que odeiam essa nação, uma só ainda é muito! Não importa que existam 23 nações árabes, 56 muçulmanas e quase uma centena e meia de nações cristãs.

Outra balela é a falsa afirmação de que só o hebraico tornou-se o idioma oficial.

O árabe sempre foi – e continua sendo – idioma oficial em Israel, onde placas de sinalização de trânsito e documentos oficiais são escritos em hebraico, árabe e inglês.

A torpeza não para aí. O texto é de uma hipocrisia sem igual. Não vimos artigos dele contra os bombardeios russos na Síria e os 6 mil civis mortos. Ele se importou com os confrontos no Iêmen com quase 20 mil mortos e 1,5 milhão de desabrigados? Incomodou-se com a guerra no Sudão e os 2 milhões de sem-teto? E a matança de dezenas de milhares de curdos pela Turquia?

Será que Agualusa já escreveu sobre a opressão, perseguição e extermínio dos uigures na China? Interessou-se pelos 5,4 milhões de pessoas que ficaram desabrigadas no Afeganistão devido à guerra com o Taliban e a Al Qaeda? Ou pelas milhares de execuções extrajudiciais realizadas por Maduro na Venezuela?

O legítimo direito de defesa de Israel contra os ataques a Gaza é o único que o indigna. Ele não quer saber quem começou, nem da chuva de mais de 4 mil mísseis. Nem das vidas dos israelenses; só das dos palestinos.

Esse facciosismo denota um ódio inexplicável. Aliás, o mais antigo do mundo, que também é conhecido como antissemitismo. Um ódio doentio que não morre. Nunca!

Szyja Lorber
Presidente da Loja Chaim Weizman – Curitiba, Paraná

 

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