O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou em entrevista ao Canal 2 da televisão israelense: “Estamos prontos, se necessário, para apertar o botão” e iniciar um ataque contra instalações nucleares do Irã, sobre uma ação ´convencional´ e não nuclear.
“Espero que isto não ocorra. No final, a responsabilidade repousa sobre o primeiro-ministro e enquanto eu for o primeiro ministro, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir”, insistiu Netanyahu.
“Se podemos solucionar o assunto (nuclear iraniano) mediante pressões internacionais, tanto melhor (…), mas somos sérios, não estamos fingindo”, insistiu Netanyahu na entrevista.
O primeiro-ministro lembrou que diante de suas advertências, “o presidente (Barack) Obama reconheceu formalmente a Israel o direito de autodefesa, e o presidente (François) Hollande também”.
Netanyahu realizou na semana passada uma visita à França, durante a qual se reuniu pela primeira vez com Hollande.
A entrevista foi divulgada um dia antes da eleição presidencial nos Estados Unidos e após Netanyahu ter pressionado a administração americana, nas últimas semanas, para que fixe uma “linha vermelha” visando impedir o regime em Teerã de obter a arma nuclear.
Segundo o Canal 2, Netanyahu e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, deram em 2010 a ordem às Forças Armadas para preparar um ataque contra instalações nucleares iranianas, que finalmente foi anulado.
O ataque não saiu por oposição do chefe do Estado-Maior na época, general Gaby Ashkenazi, e do então chefe do Mossad, Meir Dagan, segundo o Canal 2.
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