Neurologista realizou pesquisas durante regime fascista. Vencedora em 1986, Rita era conhecida como ´Dama das células´.
A neurologista Rita Levi-Montalcini, vencedora do Prêmio Nobel de medicina em 1986, morreu aos 103 anos em casa, na Itália, de acordo com informações do prefeito de Roma, Gianni Alemanno. A médica foi eleita senadora vitalícia do país em 2001.
Nascida em Turim, na Itália, em 22 de abril de 1909, de pai engenheiro e mãe artista, ela começou a estudar medicina aos 20 anos. Contudo, a promulgação de leis raciais impediu a jovem italiana de origem judia de continuar a se especializar em neurologia e psiquiatria.
Rita ficou conhecida como a “Dama das Células” devido a contribuições na compreensão dos mistérios das células, e conduziu sua pesquisa em segredo durante a perseguição fascista e a invasão nazista, se tornando uma das principais cientistas de seu país.
Durante a guerra, Rita improvisou um laboratório em sua cozinha e depois em casa na zona rural Piemonte, onde fazia experimentos com embriões de galinha.
Seus resultados, embora realizados em condições precárias, lhe renderam em 1947 um convite para a Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri.
Ela permaneceu lá por 30 anos, dando continuidade a sua carreira como pesquisadora e professora, dirigindo o Instituto de Biologia Celular do Centro Nacional de Pesquisa de Roma. Em 1986 ela recebeu o Prêmio Nobel de Medicina, junto com Stanley Cohen, por sua pesquisa sobre o crescimento de células neurais.
Os trabalhos realizados por Levi-Montalcini ajudaram no entendimento de diversas condições de saúde, incluindo tumores, desenvolvimento de malformações e demência senil.
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