Judeus franceses debatem o uso de kipá nas ruas

Os judeus franceses estão se perguntando o que fazer, depois da recomendação de Zvi Ammar, presidente do Consistório de Marselha para que não usem kipá nas ruas, para que não sejam identificados como judeus, na tentativa de evitar ataques antissemitas.

A ideia não é nova. Esta recomendação é válida para diversos países europeus. Na Alemanha há uma recomendação, especialmente em áreas com grande população muçulmana. Também no Marrocos isso já aconteceu recentemente.

Ammar tomou esta atitude depois do ataque com facão ao professor judeu Benjamin Amsellem, por um adolescente de quinze anos, facilmente identificado por usar kipá.

 

Na França vive a terceira maior comunidade judaica do mundo. O presidente François Hollande considerou a medida intolerável.

“Significa que estamos projetando parte da responsabilidade para vítima”, disse o Rabino Chefe da França, Haim Korsia, à Associated Press. “Qual é o limite? … “Em algum momento, nós temos que defender o modelo de nossa sociedade e é uma sociedade de laicidade e a liberdade da prática religiosa.”

No entanto, está surgindo um movimento interessante. O rabino-chefe conclamou os fãs de futebol de Marselha para “cobrir a cabeça, com um chapéu, um boné” no próximo grande jogo, dia 20 de janeiro, “como uma maneira de dizer que somos solidários e partilhamos a alegria do futebol juntos.”

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