A cidade síria de Aleppo tinha uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo. A família Halabi, última família judia da cidade, até pouco tempo não tinha planos de se mudar. Mas, com o avanço do Estado Islâmico e a ameaça de sequestro ou morte, eles não viram outra saída a não ser fugir. Moti Kahana, um empresário israelense-americano que vive em Nova York, organizou a fuga. Ele utilizou suas ligações com as forças da oposição para realizar a operação: no meio da noite (em data não revelada), um micro-ônibus esperava pela família na porta de casa.
Um por um, os Halabis subiram: Mariam e suas duas filhas, Sara e Gilda; e o marido de Gilda e seus três filhos de um casamento anterior, todos muçulmanos, foram incluídos no transporte. Cada membro recebeu um passaporte sírio original e seguiu em direção à Turquia, o primeiro destino da operação. Quando chegaram, foram levados para uma casa em Istambul, alugada por Kahana. A família desejava mudar para os Estados Unidos, mas o empresário sabia que ir para Israel seria mais fácil, e alertou a Agência Judaica sobre a situação. Mariam e Sara fizeram Aliá e moram, desde então, em Ashkelon. A Agência Judaica, o Ministério da Absorção e a ONG israelense Flying Aid também participaram.
No entanto, nem toda a família teve a mesma sorte: Gilda havia se convertido ao Islã antes de seu casamento com Khaled, e ainda não conseguiu seu visto. Ela teve que voltar para a Síria, e o empresário está tomando providências para mudar a situação. Kahana não está sozinho em seu trabalho. A Conferência dos Presidentes das Grandes Organizações Judaicas, sediada em Nova York, possui um subcomitê para lidar com comunidades judaicas em risco no mundo todo. Pouco mais de 20 judeus ainda estão na Síria. Os esforços são intensos para resgatá-los.
Fonte: The Times of Israel/Conib/Alef
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