Pela primeira vez, há esperança de concepção natural para as jovens pacientes em tratamento de câncer.
Em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, pesquisadores israelenses mostram como descobriram que a infertilidade é causada pelo crescimento anormal dos óvulos com a quimioterapia, que acaba com todos eles. A adição de um composto sintético, o AS101 usado durante todo o tratamento quimioterápico, desenvolvido em Israel, evita que isto aconteça. Os testes em ratos confirmam a preservação da fertilidade normal nos animais que receberam esta substância, que restaura o equilíbrio natural dos ovários.
A pesquisa foi realizada pela doutoranda Lital Kalich-Philosoph e o pesquisador sênior Dr. Hadassa Roness, no Centro de Preservação da Fertilidade no Chaim Sheba Medical Center – Hospital Tel Hashomer, em Israel, liderado pelo Prof Dror Meirow, em colaboração com o Instituto de Pesquisa de Imunologia, Cancer e AIDS na Universidade de Bar-Ilan, liderado pelo Prof. Benjamin Sredni.
Meirow explicou que os israelenses descobriram que o tratamento realmente desencadeia uma onda anormal de crescimento de células dormentes nos ovários antes de matá-los. “Este novo entendimento do mecanismo por trás da perda dessas células nos permitiu mudar o foco e encontrar uma nova droga que pode impedir o crescimento dos oócitos”, disse Meirow. A droga foi desenvolvida pelo professor Michael Albeck na Universidade de Bar-Ilan.
Experimentos futuros procurarão traduzir os resultados de ratos em pacientes humanos e confirmar a eficácia do AS101 para a preservação da fertilidade em mulheres submetidas à quimioterapia.
O estudo premiado foi apoiada por doações da Fundação Kahn, Israel Cancer Association e Ministério da Saúde de Israel, entre outros.
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