O governo israelense começou neste domingo (04/02) a entregar cartas a dezenas de milhares de imigrantes do Sudão e da Eritreia, ordenando-lhes que deixem o país dentro de 60 dias.
Cada afetado receberá um apoio financeiro de 3.500 dólares e a passagem de avião.
Esse é o primeiro passo do criticado plano, aprovado em janeiro pelo governo e que afeta entre 35 mil e 40 mil imigrantes.
Eles serão enviados para seu país de origem ou para um terceiro país – provavelmente Ruanda. Quem se recusar será preso.
A maioria dos imigrantes africanos entrou clandestinamente no país pela fronteira egípcia do Sinai.
O governo israelense, porém, construiu um muro que agora separa ambos os territórios.
Segundo a ONG Hotline para Refugiados e Migrantes, cerca de 12 mil pessoas solicitaram refúgio ao chegar ao país desde 2013, mas 7 mil solicitações foram negadas, apenas 11 foram aprovadas e as demais ainda estão sendo processadas.
Atualmente, 37 mil eritreus e sudaneses residem em Israel, segundo a ONG, que explicou que por enquanto, as famílias, as pessoas com vulnerabilidade, os menores de idade e os idosos ficam excluídos do plano. “Mas isso poderia mudar no futuro”, diz.
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