Hassertao hagadol, traduzido por Erez Volk, com 536 páginas, acabou de ser lançado pela Sifriyat Poalim. Conta com um amplo prólogo da Dra. Dafna Hornik. Volk fez a tradução sob patrocínio do Programa de Apoio à Tradução, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A publicação contou com o apoio de diversos organismos israelenses e do Ministério da Cultura do país.
A contribuição brasileira foi dada através da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), e tem um caráter de ajuda humanitária.
O aspecto que causa maior estranheza é o fato de o centro médico ficar em Jericó, que é parte da Cisjordânia. Para os que não estão familiarizados com o intricado jogo político no Oriente Médio, a Autoridade Palestina deveria governar dois territórios distintos.
O menor, à leste de Israel, é conhecido como Faixa de Gaza. Contudo, o local há mais de uma década é controlado pelo Hamas, grupo terrorista que faz constantes ataques a Israel e travou várias guerras com o Estado judeu.
A Cisjordânia é um território maior, a oeste, onde ficam cidades como Belém e Jericó. A região é controlada pelo Fatah, grupo político e militar fundado por Yasser Arafat. O atual presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pertence a este grupo.
O Hamas e o Fatah estão em constante conflito em luta pelo poder no território palestino. Nas poucas vezes em que se unem é para atacar Israel.
Chama atenção a discrepância do governo brasileiro que identifica em seu site oficial a Palestina como um Estado, embora não haja esse reconhecimento por parte da ONU.
Ao mesmo tempo em que autoriza o envio de dinheiro para a reconstrução de Gaza em 2010, divulga que a verba foi usada para uma construção na Cisjordânia em 2016!
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