É estarrecedor um membro do governo brasileiro, ainda mais o Secretário Nacional de Cultura Roberto Alvim que, ao anunciar o lançamento de um programa, o Prêmio Nacional das Artes, o fez numa linguagem, ambiente e, também, em termos musicais, semelhantes aos usados por uma das figuras mais nocivas, sórdidas, repugnantes e assassinas da história: o ministro da informação e propaganda nazista, Joseph Goebbles, aquele que dizia que a mentira, repetida inúmeras vezes, tornar-se-ia uma verdade.
Um fato que devemos nos lembrar é que, dois dias depois de Goebbels proferir o discurso (semelhante ao proferido por Alvim, ipsis literis), foi realizada, na Alemanha Nazista, a tenebrosa queima de livros em Berlim, promovendo uma censura a obras e à cultura dos não alinhados.
O pronunciamento ocorreu na noite de quinta-feira (16/1) quando o secretário divulgou, na rede social da Secretaria Especial da Cultural, um vídeo em que fala sobre o Prêmio Nacional das Artes onde deu a entender que promoveria atos de censura em relação a certas obras. Somos totalmente a favor da liberdade, da democracia e da pluralidade de ideias, sempre em respeito e direito de convivência de todos com todos.
Queremos, sim, um povo criativo, educado, culto e feliz.
Como sociedade brasileira, não podemos tolerar e conviver com mensagens deste teor, advindas do primeiro escalão do governo. Urge que o presidente de nosso Brasil, país que inclusive mandou tropas para combater o nazismo, tome as devidas providências, incluindo junto os que suportam e influenciaram o seu nomeado Secretário Roberto Alvim.
Abraham Goldstein
Presidente da B´nai B´rith do Brasil
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