Europa pressiona redes sociais a agirem rápido contra discurso de ódio

Bruxelas está pressionando empresas de mídias sociais como Twitter, Facebook, YouTube e Microsoft para aumentar a repressão voluntária contra discursos de ódio e incitação ao terrorismo em suas páginas, se não quiserem enfrentar a perspectiva de novas leis de contenção de abusos racistas online.

O apelo da Comissão Europeia para uma ação mais rápida de eliminação de posts racistas e conteúdos de terroristas e de incitamento ao terror com o objetivo de promover a radicalização online vem na esteira de uma reação contra a proliferação de “falsas” notícias sobre as eleições dos EUA em páginas administradas por Facebook, Twitter e Google, proprietária do YouTube. Chega em meio ao alarme que existe em países como a Alemanha, em relação à disseminação do discurso de ódio on-line contra os refugiados, que muitas vezes ecoa a retórica da era nazista contra os judeus. Isso já levou Heiko Maas, ministro da Justiça da Alemanha, a ameaçar aplicar responsabilidades penais por conta da não eliminação de posts racistas. As companhias de redes sociais dos EUA assinaram um “código de conduta” com Bruxelas em maio, em que se exigiu que “revisassem a maioria” dos discursos de ódio em 24 horas, que os eliminassem, se necessário, e que até mesmo desenvolvessem “contranarrativas” para resolver problemas. Mas depois de 600 notificações às empresas por conta de suspeitas de discursos de ódio em seis meses, a comissão não está satisfeita com o avanço da medida. Os ministros de Justiça europeus vão debater sobre um relatório esta semana que indica que as empresas não estão removendo “a maioria” dos discursos de ódio notificados dentro de 24 horas.

Financial Times/Folha de S.Paulo/Conib

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