Em evento realizado na sede da B’nai B’rith dia26 de abril, o embaixador Reda Mansour, convidado pelo Fórum 18 participou de uma rodada de perguntas. Professores universitários e jornalistas realizaram perguntas (gravadas em vídeo pelos jovens) e o público presente pode dialogar com o embaixador sobre os mais diversos temas relacionados a Israel.
O primeiro embaixador de Israel druso, não judeu, mostrou características muito interessantes da sociedade israelense, como a inclusão das minorias e as grandes transformações que este processo acarreta. Os drusos são uma minoria árabe, com 120 mil habitantes em Israel. Seu avô aprendeu a ler e escrever sozinho, pois não havia escolas na aldeia onde moravam, já ele é embaixador e poeta. A maioria (95%) dos drusos serve o exército, dos quais 78% vão para unidades de combate. E, muitas vezes, lutam contra países árabes onde há grandes comunidades drusas.
Entre os temas tratados, a tentativa de deslegitimação de Israel em especial pela Europa, devido aos territórios ocupados e o crescimento das colônias, bem como a acusação de apartheid.
Mansour falou sobre a visão dos europeus aceca do colonialismo e de conceitos, que não se aplicam a Israel. As colônias estão a dez minutos de grandes cidades israelenses. “Temos problemas com a administração das áreas palestinas”, considerou. Contou que ia com sua família comprar frutas em Jenin sem nenhum problema, até que Jenin se tornou “a capital mundial dos homens-bomba” e ai, Israel teve que adotar medidas para proteger seus civis.
O embaixador questionou que apartheid é esse onde 30% dos estudantes do Technion, a melhor instituição de ensino de Israel, e uma das melhores do mundo são árabes? E onde ingressaram por seus méritos (em um sistema educacional público). Onde a maioria dos médicos hoje em Israel é de árabes e russos? Onde há um partido árabe no Parlamento?
Sobre a solidariedade de Israel para com todos os povos, o embaixador destacou a ajuda humanitária na catástrofe do Nepal, e lembrou que já em 1952, quatro anos depois de sua criação, o Estado de Israel enviava técnicos ao Brasil para ajudar na irrigação no Nordeste brasileiro.
Ao final, Patrícia Tolmasquim leu um poema de autoria de Mansour, e Abraham Goldstein, presidente da B’nai B’rith do Brasil agradeceu ao embaixador, destacando que foram tratados temas extremamente humanos de grande importância para todos os presentes.
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