Comunidade judaica paulista lembra Yom Hashoá

Yom Hashoá é o dia do Holocausto e o Heroísmo, quando se honra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra. Neste dia, em Israel, as sirenes de alarme soam e guardam-se dois minutos de silêncio, sob o lema de “lembrar e recordar – jamais esquecer”.

Para marcar esta importante data, a Federação Israelita do Estado de São Paulo, A Hebraica e o Conselho Juvenil Sionista, com o apoio da Sherit Hapleitá do Brasil promoveram nesta segunda-feira, 24 de abril, no Teatro Anne Frank de A Hebraica, o “Ato Central de Yom Hashoá da Comunidade Judaica”.

Com a presença marcante da juventude, o evento, que foi aberto à toda a comunidade e lotou o Teatro Anne Frank, teve o acendimento de seis velas por dirigentes comunitários, representantes da Marcha da Vida Universitária, rabinos e educadores, representantes dos movimentos juvenis e sobreviventes do Holocausto. Para marcar os 102 anos do genocídio armênio, Armen Kevork Pamboukdijan, representante da comunidade armênia foi convidado a acender uma das velas.

A noite foi marcada pelos discursos de Avi Gelberg e Bruno Laskowsky, presidentes de A Hebraica e da Federação Israelita do Estado de São Paulo, do coordenador educacional da Marcha da Vida, Celso Zilbovicius, do cônsul Dori Goren, dos secretários Daniel Annenberg e Floriano Pesaro e de Miriam Nekrycz, viúva de Ben Abraham z’l e sobrevivente do Holocausto.

Todos destacaram a importância de que a chama do judaísmo seja mantida acesa em nome dos seis milhões que pereceram no Holocausto, bem como do papel dos jovens para perpetuarem a memória deste trágico episódio da história para que tragédias como essa jamais se repitam com nenhum outro povo. Também foi reforçada a importância do Estado de Israel como porto seguro para o povo judeu.

“Lembrar o Holocausto é uma penitência que a humanidade deve pagar por ter permitido tamanha atrocidade. Vivemos em uma época na qual o antissemitismo ressurge, e cerimônias como a de hoje, nos lembram até onde o ódio mais antigo e duradouro da humanidade pode levar. Temos Israel e temos a força da comunidade na diáspora, e hoje falamos alto contra as vozes de ódio daqueles que propõem a nossa destruição. Nossa luta é diária e incessante”, destacou Bruno Laskowsky.

Miriam Nekrycz foi efusivamente aplaudida e emocionou a todos ao retratar a trajetória e os incansáveis esforços de Ben Abraham z’l para perpetuar a memória do Holocausto através de seus livros e palestras por todo o país. “O povo que não lembra seu passado não terá um futuro. Espero que seu legado jamais seja esquecido e agradeço pelo empenho de nossos dirigentes comunitários”, frisou Miriam.

A cerimônia contou com a exibição de um vídeo realizado pelos jovens do Conselho Juvenil Sionista e de outro mostrando a carta escrita pelo tenente israelense Hadar Goldim z’l, sequestrado e morto pelo Hamas em 2014, onde retrata suas impressões após visitar os campos de concentração na Polônia.

O chazan da CIP Avi Bursztein entoou o Kadish e o El Male Rahamim e o evento foi encerrado com todos cantando juntos o Hatikvá.

A B’nai B’rith esteve representada pelos presidentes Abraham Goldstein (Brasil) e Zeila Sliozbergas (São Paulo).

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Sobreviventes acendem velas em memória às vítimas do Holocausto

 

Os secretários Floriano Pesaro e Daniel Annenberg discursam
Os secretários Floriano Pesaro e Daniel Annenberg discursam

 

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Jovens dos movimentos juvenis acendem velas

 

Vista do teatro lotado
Vista do teatro lotado

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