BRUTAIS CRIMES DE ÓDIO

No sábado 27 de outubro, em Pittsburgh, um homem cheio de ódio, carregado de armas, devidamente autorizado no país onde vive, irrompeu numa antiga sinagoga onde se celebrava a vida, numa cerimônia de circuncisão de um bebê, e assassinou 11 pessoas e feriu outras seis.

Não há adjetivos nem raciocínios para qualificar este massacre conduzido pelo ódio. Foram identificados muitos dizeres antissemitas, do assassino, em sua página do Facebook. Uma pessoa doente, sua mente doente deve estar em regozijo pelo que fez. Pois declarou, aos policiais que o prenderam, que seu objetivo é MATAR TODOS OS JUDEUS.

Os membros da B’nai B’rith Latino-Americana repudiam com indignação que mais uma vez se tenha a chorar a morte de inocentes. Consequência da incitação ininterrupta ao ódio que leva os seguidores perpetrarem massacres após massacres.

Os incitadores se multiplicam, não apenas nas redes sociais, mas em todos os âmbitos, sejam nas aulas, nas campanhas políticas, espaços religiosos, inclusive shows musicais de grande popularidade. Nada fica alheio a essa realidade.

Todos os dias, a América Latina está pagando um alto preço à incitação ao ódio, ao racismo e à xenofobia.
Já conhecemos e sofremos muitos crimes de ódio antissemitas. Não vamos depois chorar sobre o que podemos e devemos combater hoje para evitar sua disseminação.
Hoje choramos em Pittsburgh e em todos os lugares do mundo e nos solidarizamos com as vítimas e suas famílias.

O pensamento da B’nai B’rith América Latina (BBLA), assim como em todo o mundo, está com a comunidade judaica de Pittsburgh e os parentes daqueles que foram massacrados sem piedade porque eram judeus.

A B’nai B’rith Brasil manifesta seu absoluto repúdio quanto à disseminação do ódio. Não é com seguranças armados que se conseguirá proteger os frequentadores de Templos, Igrejas, Mesquitas ou locais de reunião, conforme sugeriu o presidente Donald Trump. Não adiantam, agora, palavras de consolo. É preciso ter e aplicar, com determinação e severidade, leis que responsabilizem os que incitam a violência assim como quem a pratica. E incentivar e educar, constantemente, a promoção do respeito à diversidade e ao diálogo em todas as esferas.

Eduardo Weinstein – Presidente da BBLA
Eduardo Kohn – Diretor executivo da BBLA
Abraham Goldstein – Presidente da BB Brasil

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