O presidente internacional da B’nai B’rith, Gary Saltzman, e o CEO Dan Mariaschin, emitiram a seguinte declaração:
Ao discutir a história da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, B’nai B’rith Internacional sempre desestimulou fortemente o uso de frases imprecisas e profundamente problemáticas como “campos de morte poloneses” para descrever campos de concentração construídos e operados pelos nazistas em solo polonês. Entendemos que a Polônia foi invadida e ocupada pela Alemanha e que o povo polonês sofreu perdas terríveis.
No entanto, o projeto de lei aprovado pelo Senado polonês em uma votação de 57-23 representa uma abordagem errada. Acreditamos que terá um efeito negativo para o exame do papel da Polônia na guerra. A lei criminalizaria não apenas a frase “campo da morte polonês”, mas qualquer sugestão de cumplicidade polaca no Holocausto.
É vital que todos os países enfrentem os episódios mais dolorosos e vexatórios em seu passado de forma aberta e honesta. Para a Polônia, isso significa reconhecer uma história de antissemitismo que precedeu o Holocausto e persistiu até hoje. Isso também significa reconhecer que alguns polacos prestaram assistência aos alemães e alguns participaram de massacres não orquestrados pelos nazistas.
Instamos o governo polonês a reverter esta lei mal concebida em favor de políticas que promovam a liberdade de expressão e inquérito sobre este capítulo sombrio do passado do país. A abertura e a educação são as chaves para estabelecer um registro histórico baseado na verdade ao invés de imprecisões dolorosas.
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