Sobreviventes receberam homenagem pelo exemplo de vida em defesa da liberdade
Com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, a Sessão Solene em Memória dos Heróis e Mártires da 2ª. Guerra Mundial realizada dia 13 de Maio de 2014 contou com muitos sobreviventes do Holocausto e combatentes da Força Expedicionária Brasileira -FEB. Promovida pela Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV/SP), B’nai B’rith, Sherit Hapleitá e Unibes, no auditório lotado, reuniu alunos da EMEF Joaquim Nabuco e da Escola Aprendiz do Futuro que homenagearam os sobreviventes através de apresentações artísticas, sob a coordenação das professoras Maria Rute Alves Brito e Adriana de Oliveira Costa. A B’nai B’rith, entidade judaica de Direitos Humanos e a Câmara Municipal realizaram uma homenagem especial aos sobreviventes entregando a cada um certificado em congratulação pelo exemplo de vida em defesa da liberdade e de luta para fazer deste um mundo melhor.
O ponto alto da noite foi a cerimônia de acendimento conjunto por alunos e sobreviventes de seis velas, em memória dos seis milhões de judeus assassinados na 2ª. Guerra Mundial. O rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista (CIP) foi responsável pela parte litúrgica. Uma vela foi acessa pelos representantes das Forças Armas Armadas e da FEB por todas as vítimas do conflito que deixou mais de 50 milhões de mortos. Em seu discurso, o vereador Gilberto Natalini destacou: “reafirmo aqui meu compromisso com a liberdade, com a democracia, com a tolerância”. “Temos por obrigação testemunhar”, disse Rachel Gotthilff, falando do milagre dos sobreviventes reconstruírem suas vidas e viverem normalmente depois de tudo o que passaram. Ben Abraham, presidente da Associação dos Sobreviventes do Nazismo, recordou aos jovens que Hitler foi eleito democraticamente e, portanto é preciso saber votar. O Capitão de Fragata Daniel Américo enfatizou a vocação do Brasil para a paz ao relatar que as novas gerações, nas quais se incluiu, não tem como valorar o que é perder a paz.
Abraham Goldstein, presidente da B’nai B’rith do Brasil, ressaltou o valor da liberdade, lembrando que 13 de maio é a data da promulgação da Lei Aurea, que libertou os escravos e Damaris Moura, presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP disse que o evento é uma inspiração para fazer muito mais, concluindo: “se a liberdade não for para todos, ela não poderá ser para ninguém”.
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