B’nai B’rith Brasil repudia agressão à menina Kailane

B´nai B’rith Brasil se une aos protestos de toda a Nação Brasileira por razão do triste episódio ocorrido no Rio de Janeiro na noite do domingo, dia 12 de junho. A menina Kailane, de 11 anos, vestida de branco de acordo com sua tradição religiosa, foi ofendida com xingamentos e apedrejada na cabeça, à saída de seu Templo, tendo que ser urgentemente socorrida e levada ao hospital.

O caso foi registrado na Delegacia como lesão corporal e incluso no artigo 20 da lei 7.716 (praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de religião). A polícia está instaurando inquérito e tentando identificar os agressores.

Em entrevista aos jornais a menina declarou que a partir de agora quer esconder de todos a fé que abraçou por medo de sofrer novas represálias.

O presidente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, Ivanir dos Santos, defende a importância da punição aos responsáveis.

“Não se trata de um fato isolado. É assustador uma pedrada em uma criança. Vivemos um momento delicado na questão da intolerância. As investigações precisam chegar aos agressores para que o exemplo não seja de impunidade e que a liberdade religiosa seja reafirmada como está na lei”, avaliou.

Este e outros casos semelhantes estão ocorrendo com intensidade e frequência cada vez maiores por todo o Brasil, contra todas as religiões causando grande preocupação a todos que atuam contra a intolerância religiosa.

B’nai B’rith, entidade judaica de direitos humanos presente em mais de 50 países, atua firmemente contra a intolerância religiosa desde 1843.

Este ano, em conjunto com a OAB São Paulo, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e diversas outras instituições participou do desenvolvimento do Manifesto pelo Fim da Intolerância Religiosa na Internet, cujo pré-lançamento ocorreu na UNASP – Universidade Adventista de São Paulo – com a presença de lideranças religiosas de várias tradições.

A B’nai B’rith confia que as autoridades tomarão todas as medidas necessárias neste caso para identificar os responsáveis e levá-los à justiça.

A B’nai B’rith Brasil acredita no respeito e na harmonia como valores a serem cultivados por toda a Humanidade.

B’nai B’rith leva reflexão às escolas através do teatro

Programa inclui oficinas para educadores, tendo como recorte o Holocausto 

A B’nai B’rith está levando o espetáculo Mergulho aos os alunos da Rede Municipal de São Paulo, cujo texto foi especialmente desenvolvido para abordar questões ligadas à Diversidade e Intolerância.

Nos dias 22, 23 e 24 de junho de 2015 cerca de 1200 alunos assistirão à peça, no auditório do CEU Pera Marmelo.

Estamos diante de um programa de atividade que possibilita uma interação singular entre professores e alunos da Rede Municipal, a B’ nai B’rith, a Companhia Gesto de Teatro e a Secretaria Municipal da Educação de São Paulo.

A iniciativa se insere no contexto do Programa de Educação sobre Democracia e Cidadania, tendo como um dos recortes principais o Holocausto.

“A novidade é que agora chegamos diretamente aos alunos, com o apoio e participação dos educadores e da Secretaria Municipal da Educação. Numa forma direta, dinâmica e participativa”, explica o presidente nacional da B’nai B’rith, Abraham Goldstein.

“Depois de mais de 10 anos realizando Jornadas Interdisciplinares para os professores, sempre com muito sucesso, estamos mudando, este ano, a dinâmica e o formato de trabalho”.

O projeto inclui a formação dos educadores com oficinas nas escolas e recursos pedagógicos, para que possam preparar seus alunos, com repertórios previamente trabalhados, para assistir ao espetáculo Mergulho. Após a peça haverá um debate e atividade de redação sobre a apresentação. Finalmente, há um encontro do grupo de educadores para avaliar o processo todo.

Lelie Marko, diretora da peça, relata: “Mergulhar neste espetáculo significa ir fundo, refletir sobre a realidade de cada um, criar gestos, pensamentos, imagens…”. “O espetáculo é uma reflexão de três amigos adolescentes sobre discriminação e intolerância. Os personagens são um judeu, uma afrodescendente e um coreano, que falam sobre a importância de reconhecer as diferenças culturais e aprender a conviver com elas”, explica Leslie, que também coordena a formação de educadores.

São três atores jovens: Max Ferreira, Marcelo Daleva e Gabriela Oliveira, que imprimem dinamismo ao espetáculo ao representarem diversos papéis de forma alegre e descontraída.

O Projeto acontecerá, este ano, com 4 ciclos num total de 16 apresentações, tendo por objetivo, motivar a pesquisar, compreender e refletir sobre as atrocidades cometidas contra a Humanidade durante o Holocausto, assim como sobre situações que se vivem no Brasil e no mundo, reforçando os valores humanos da justiça, coexistência, cidadania

Reitor da UFSM pede desculpas ao “Povo de Israel”

Em entrevista coletiva dia 19 de junho, em Santa Maria, o reitor da UFSM, Paulo Burmann, pediu desculpas ao “Povo de Israel” e quer dar como “esclarecido e encerrado” o assunto do memorando que pede dados para a publicação da lista de alunos e professores de origem israelense. Ele negou que houve racismo na emissão do memorando, apenas “erros formais e de linguagem”. O reitor visitou (foto) a Federação Israelita do Rio Grande do Sul na noite da quinta-feira (18).

Leia a íntegra do documento de desculpas e justificações entregue por ele: http://on.fb.me/1H4aPtg. (Conib).

ReitorUFSM

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