Atentado à Amia: 26 anos depois…

Hoje é um dia triste e de reflexão, que marca os 26 anos do brutal e covarde atentado à Associación Mutual Israelita Argentina – AMIA, o qual ceifou a vida de 85 pessoas e feriu centenas de outras. Todas inocentes, que trabalhavam na entidade e cercanias ou apenas passavam pela rua.

A Argentina concentra a maior comunidade judaica da América Latina, com cerca de 230 mil pessoas, a sexta no mundo.

O mais surpreendente é que, até agora, os assassinos ainda não foram responsabilizados. Sendo que, dois anos antes, a embaixada de Israel na Argentina também tinha sido alvo de atentado similar.

Muitos mistérios encobrem o caso, inclusive o assassinato do procurador argentino judeu, Alberto Nisman, na véspera de revelar – e, segundo ele, provar – algo bastante perturbador para a cúpula do então governo argentino.

Os executores dos atos, assim como os seus idealizadores, financiadores e protetores, sejam quem forem, devem ser identificados, julgados e devidamente responsabilizados pelo ocorrido.

Fazemos, igualmente, um chamado à consciência de que o antissemitismo, que volta a se mostrar em suas mais ignorantes e nefastas formas, seja sempre combatido, em todos os locais. É inaceitável um grupo ser perseguido e discriminado por sua fé, religião, origem, cor de pele, comportamento, hábitos, preferência sexual, entre outros. Além de inaceitável, é de uma ignorância sem limite! É doentio!

É um dia importante para gritarmos ao mundo: basta a qualquer tipo de preconceito, a qualquer tipo de discriminação! Basta ao terrorismo como arma de dissuasão.

Devemos sempre agir por um mundo mais harmonioso, com melhores entendimentos, empatia e diálogo para construção de uma sociedade mais justa, com respeito ao diferente, à opinião contrária e aos pilares da nossa B´nai B´rith, que são:  Beneficência, Fraternidade e Harmonia, em defesa da cidadania, respeito e Direitos Humanos, sem nunca esquecermos dos nossos deveres.

Abraham Goldstein
Presidente da B´nai B´rith do Brasil