Antissemitismo na Hungria

Um deputado da extrema-direita húngara Márton Gyöngyösi, pediu que fossem preparadas listas dos judeus que vivem aqui no país e em especial dos que estejam no governo e no Parlamento, que, em sua opinião representariam risco para a segurança da Hungria. Seu partido, o Jobbik, é a terceira força política, com 44 membros de uma câmara composta de 386.

 

Gyöngyösi pronunciou estas palavras no Parlamento durante debate sobre a posição do governo húngaro no conflito israelense-palestino. O governo apoia uma solução pacífica de dois estados.

O governo conservador de Viktor Orbán tem sido rápido em adotar medidas contra todas as formas de racismo e antissemitismo. Pouco tempo depois, Gyöngyösi desajeitadamente tentou esclarecer que ele quis dizer apenas aqueles que têm dupla nacionalidade, e pediu desculpas aos companheiros judeus.

 

O antissemitismo está se tornando mais ousado e forte na Hungria, afirmou Péter Feldmájer, presidente da principal federação de cerca de 100.000 judeus no país.

Antes do Verão, uma série de incidentes antissemitas foi extremamente criticada dentro e fora da Hungria. Por exemplo, quando a estátua de Raoul Wallenberg, um diplomata sueco que salvou milhares de judeus húngaros do Holocausto, amanheceu com os pés com sangue de porco. Ou quando Elie Wiesel, sobrevivente de Auschwitz e prêmio Nobel da Paz, condenou o Estado húngaro pela reabilitação no país da figura de um escritor e pró-ditador nazista Miklos Horthy (1920-outubro 1944), considerado o responsável pela deportação de centenas de milhares de judeus húngaros para campos de concentração.

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