A Palestina e os judeus

Os judeus sionistas já haviam usado o nome “Palestina” no Programa Basel, adotado no Primeiro Congresso Sionista, em 1897, e novamente, quando enviaram sua versão para o texto da Declaração Balfour, em julho de 1917. Nas versões iniciais da documentação do Mandato, preparadas por sionistas e oficiais britânicos, as palavras “Eretz Israel” (Terra de Israel) apareciam entre parênteses, ao lado do nome Palestina. As duas palavras foram retiradas em uma versão britânica unilateral do documento do Mandato, elaborada em março de 1920, o que não provocou objeções de Chaim Weizmann, um dos maiores líderes do movimento sionista. Durante o período da administração militar e civil britânica sobre a Palestina, o Mandato Britânico, o nome “Palestina” era escrito em hebraico em todos os documentos legais e selos, seguido pelas letras hebraicas  אי, abreviação para Eretz Israel ou Terra de Israel, recebendo assim um status oficial. A escolha por “Palestina” como nome oficial não foi surpreendente na época [mas a revelação de que seria uma Palestina para os judeus certamente surpreende hoje…], pois este era o nome geralmente usado no mundo cristão para denotar a terra onde Jesus nasceu, alterando-se com os nomes “Terra Santa” e Judeia. Palestina era também o nome não oficial de uma região administrativa do Império Otomano em Jerusalém [o Mutasarrifiyet de Jerusalém, na Província da Síria]. Veja mapa.  Em uma conversa com Stephen Samuel Wise, líder sionista americano, que foi eleito para representar a comunidade judaica dos EUA na Conferência de Paz de Paris, em 1919, Balfour explicou o que um “Lar Nacional para o povo judeu”, expressão usada na Declaração, significava para ele: “Vejo a Palestina não como um lar para o limitado número de judeus que vivem lá hoje, mas como o futuro lar para milhares de judeus, que poderão, em última análise, desejar construir seu lar definitivo na Palestina”.

Além disso, em conversa com Weizmann, em 1919, Balfour referiu-se ao termo “Lar Nacional” como uma “Commonwealth judaica”. Consequência do uso do novo nome, sob o Mandato Britânico: todas as pessoas que passariam a viver ali seriam “palestinas”, tanto judeus como árabes. Mas, imagine só: quem não gostou do nome Palestina foram os árabes. Leia mais no site da Conib.

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