A B’nai B’rith está completando 175 anos no mundo e a B’nai B’rith do Brasil 85 anos, de muito trabalho de acordo com os preceitos de Tzedaká, que significa Justiça Social, e Tikun Olam, completar a Criação, gerando um mundo melhor para todos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi promulgada em 10 de dezembro de 1948. Desde então, à medida que a Sociedade e os poderes públicos foram assimilando o objetivo vem ocorrendo, mundo afora, eventos em comemoração desta relevante declaração. Em São Paulo, nesta semana há um Festival e um Ciclo de Atualização.
Após as atrocidades da Segunda Guerra Mundial, em outubro de 1945, é fundada a Organização das Nações Unidas, em substituição à Liga das Nações que havia falhado em evitar a Guerra.
Buscaram-se mecanismos para evitar novos genocídios, novos conflitos generalizados além de garantir direitos às minorias e uma vida digna para todos os cidadãos.
Muitos foram os avanços. Hoje, porém assistimos a um preocupante retrocesso.
Surgiram novos problemas somando-se aos já bem conhecidos. Podemos viver em um mundo menos violento do que há 70 anos, mas a intolerância, o preconceito, o racismo se expressam sem qualquer pudor. O discurso do ódio encontra na internet e nas redes sociais canais para rápida difusão e viralizam.
Guerras, genocídios e perseguições de cunho religioso geram milhares de mortes e de refugiados. O feminicídio é uma triste realidade, assim como a morte dos que tem diferentes opções sexuais.
As leis duramente conquistadas no Brasil para proteger grupos LGBT e mulheres vítimas de violências estão sendo questionadas. Ainda, a humanidade tem muito a refletir e agir, em nome de um mundo melhor, para TODOS.
É preciso resgatar o caráter humano das relações, que deve prevalecer, de forma atemporal, acima dos interesses pessoais e políticos, que são temporais e muito circunstanciais.
Não há dois seres humanos iguais, somos todos diferentes entre nós. O que é uma real benção, pois nos leva a diversidade e a real possibilidade de conhecermos o mundo que nos envolve, mundo que é fortemente recomendado que saibamos respeitar, para sermos respeitados.
É momento de construir pontes que levem ao diálogo e não ao conflito e à violência. De fazer com que os direitos humanos não fiquem relegados apenas ao papel, sem que esqueçamos a responsabilidade de nossos deveres.
O critério moderno de advocacy, de lutar por uma causa, é praticado pela B’nai B’rith no dia a dia, na linha dos valores judaicos de Tzedaká, apoio ao outro, e Tikun Olam, atuação para um mundo melhor, para TODOS.
Abraham Goldstein
Presidente nacional
B’nai B’rith do Brasil
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