73 anos de partilha

Este domingo, 29 de novembro de 2020, 13 de Kislev de 5781 do calendário judaico, marca os 73 anos da aprovação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas da partilha da região, então chamada Palestina, em duas áreas: uma reservada para a criação de um estado aos judeus e outra para a população árabe da região.

A sessão, presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha em 1947, foi vital para que o povo judeu, recém-saído do Holocausto além de muitas e históricas perseguições e massacres, pudesse retornar à sua própria terra milenar.

Foram 56 países votantes: 33 a favor – incluindo o Brasil –, 10 abstenções e 13 contrários, os quais decidiram positivamente em prol da partilha, marcando então o fim do mandato britânico da região.

Infelizmente, os países árabes – 10 em 1947 – não reconheceram essa decisão da ONU e, com a saída dos soldados britânicos e a fundação do Estado de Israel, atacaram o recém criado país, em 1948. Israel se defendeu e estabeleceu posições a fim de garantir sua segurança.

Porém, passados 73 anos, o Estado de Israel, atuando e evoluindo numa vibrante democracia e fortemente colaboradora da evolução tecnológica da sociedade mundial, ainda deve, diariamente, defender-se e manter, da melhor forma, as iniciativas na busca de uma #paz duradoura com todos os países árabes, além de uma solução justa para os árabes palestinos na busca de sua independência e autodeterminação, sob lideranças adequadas.

Mas, apesar das dificuldades, alguns avanços ocorreram e seguem acontecendo. O acordo de paz, em 1979, com o Egito, o acordo de paz com a Jordânia, em 1994, e, em 2020, reconhecendo os benefícios mútuos que uma relação regular e respeitável pode trazer, um acordo de paz e mútua cooperação com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, além de um acordo com o Sudão e a contínua informação que outros países árabes seguirão estes mesmos entendimentos.

Mas desafios continuam. O Irã insiste em suportar uma politica e ação de apoio a diversas organizações reconhecidas como terroristas, desenvolve um programa de domínio da tecnologia nuclear e não se cansa de anunciar a destruição do Estado de Israel, “os infiéis judeus e norte americanos”.

Roguemos e atuemos para que se encontre um entendimento entre todos o mais breve possível. Para o bem dos países da região e de toda a humanidade.

Shalom,
Abraham Goldstein
Presidente da B´nai B´rith do Brasil

 

73 anos de partilha
Foto: Facebook

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