Desde a sua promulgação, em 10 de dezembro de 1948, ainda no calor das milhões de mortes causadas pela Segunda Grande Guerra, a Organização das Nações Unidas – ONU, após juntar especialistas em várias culturas e bases jurídicas, elabora e submete aos membros da sua Assembleia Geral “A Declaração Universal dos Direitos Humanos”, aprovada por 48 membros, nenhum voto contra e 10 abstenções.
O Brasil foi um dos primeiros signatários desta Declaração.
Um marco de enormes consequências na forma de atuação de todos os poderes públicos, de todos os tipos de governos que se preocupam, de forma honesta e humana, com os seus cidadãos e cidadãs.
Mas ainda temos muito a nos educar, posicionar e avançar. E este é um dever de cada um dos cidadãos, de cada uma das famílias, de cada instituição de ensino, de cada entidade representativa, incluindo todas as instâncias que compõem um governo.
A B´nai B´rith – Filhos da Aliança, fundada em 1843, com 179 anos de existência e 89 anos no Brasil, tem sempre agido pelos Direitos Civis e Humanos. Atua em mais de 50 países, presente na ONU desde o seu estabelecimento, e que tem como pilares a Justiça Social – TSEDAKÁ – e a atuação fraternal para um mundo melhor para todos – TIKUN OLAM.
A B’nai B’rith é voltada a ações contra o antissemitismo, o neonazismo, a discriminação, o racismo e o cerceamento dos direitos humanos de modo geral, sem nunca esquecer-se da necessidade do conhecimento e cumprimento dos deveres. Tem por base ações educacionais, de comunicação e participação junto a organismos e instituições que estabelecem e promovem políticas públicas de combate à discriminação, de apoio ao diálogo inter-religioso, liberdade religiosa e cultura de paz.
Tudo para a construção da cidadania e pelo respeito à democracia, à liberdade e à diversidade entre os seres humanos. E sem nunca desconsiderar que os direitos são devidos se os deveres são cumpridos.
Infelizmente, ainda ocorrem, em nosso planeta, genocídios, privação de liberdade e de vida digna para muita gente ao redor do mundo. Não podemos arrefecer, por um minuto, enquanto houver uma pessoa nessa condição, seja onde for.
Devemos nos esforçar para construir pontes em vez de muros, evitar guerras e destruições. Nos esforçar para que todos, com voz e vez, possam expressar seus pensamentos e sentimentos, com respeito, empatia e que os direitos humanos possam, efetivamente, ser exercidos de forma prática e atendendo as melhores expectativas dos seres humanos, todos os dias de suas vidas.
Autoridades públicas, eleitas ou indicadas, devem dar o exemplo à sociedade que servem. Devem propor e praticar o diálogo, o conhecimento e o respeito entre e para todos. Atitudes do NÓS e ELES não devem ser utilizadas. Divisões devem ser condenadas ao passo que uniões têm de ser incentivadas. Devemos TODOS nos sentirmos responsáveis pelo sucesso dos cidadãos e das cidadãs da sociedade, do país, do continente e do nosso tão explorado planeta Terra.
A todos, um Feliz Chanuká, um Feliz Natal e um próspero e alegre Ano de 2023, em PAZ e com SAÚDE, RESPEITO, ENTENDIMENTO E ALEGRIAS.
Abraham Goldstein
Presidente da B’nai B’rith do Brasil
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