Yom HaShoah

Por Diogo Bercito

8/4/2013

 

Hoje, às 10h, Israel parou. Motoristas desceram dos carros. Ônibus estacionaram no meio da rua. Todos saíram dos veículos, das lojas, de onde estivessem –para ficar de pé por dois minutos, como forma de relembrar o Holocausto, em que 6 milhões de judeus foram mortos pela sombra nazista. Uma sirene tocava durante todo o tempo.

 

Eu estava neste momento no shuk, o mercadão a céu aberto no bairro de Nachlaot. Fui para lá com a câmera em mãos, tendo em mente registrar alguns segundos desse momento respeitoso.

 

Tenho ciência de que falar de Holocausto é sempre delicado. Já antecipo as discussões, nos comentários a este relato. Tudo bem, se ninguém perder a linha –aqui em Israel também se discute o tempo todo sobre o Holocausto, ou “Shoah”, em hebraico.

 

Não me refiro aos revisionistas ou a quem defenda que o massacre não ocorreu. Mas a quem se pergunta, por exemplo, qual foi o impacto do Holocausto para a formação do Estado de Israel.

 

Quando fez seu malfadado Discurso do Cairo, o presidente americano Barack Obama deu a entender que relacionava os dois fatos históricos (Holocausto e criação de Israel). É uma posição controversa, e essa foi uma crítica feita a ele durante todo seu primeiro mandato. De modo que, quando esteve aqui, no mês passado, Obama fez questão de dizer que o Estado israelense é fruto não do massacre, mas do esforço sionista.

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